A vida é um grande mistério, uma força biológica que brota dos indivíduos orgânicos, de todos os seres vegetais e animais. Muitos estudiosos se dedicaram na pesquisa de tão apaixonante fenômeno, fato que até hoje, mesmo com tudo que já foi decifrado, continua se revelando inesgotável. Inicialmente, identificaram que a natureza se constitui de dois grandes reinos: o reino mineral, que abriga todas as ocorrências, todas as possibilidades de coisas dessa ordem. A palavra coisa vem do Latim res, se aplica a qualquer fenômeno, aquilo que aparecer; o reino animal, com a abrangência de abrigar todas as possibilidades de animais, desde os micro organismos até o ser humano, o mais complexo desse reino, porque além de suas característica biológicas, o ser humano desenvolveu a linguagem, uma capacidade de se comunicar com todos do gênero e, a partir do desenvolvimento dessa habilidade e vendo tudo que existia, percebeu a necessidade de entender a causa primeira de todo universo e, desde então compreenderam e foram desenvolvendo o raciocínio, a capacidade de pensar e encontrar a lógica de organização das coisas do mundo, perceberam também que todas as coisas teriam uma origem, um criador. Admite-se que em tempos remotos os homens se distinguiram dos outros animais e se tornaram humanos, entenderam e admitiram a existência do Criador, Deus.
O leitor pode questionar sobre o aparecimento de Jesus. Pois é, a história do homem vai se desenvolvendo e o homem manifesta a necessidade de organizar em sociedade de organizar o seu próprio credo, condição que precisava de um código que lhe desse as orientações necessárias para a harmonização da convivência, daí o surgimento de Jesus, uma criatura escolhida por Deus para conviver com os outros e se revelar um homem enviado, dotado de comportamento exemplar e de poderes divinos. Sua grande missão foi e continua sendo mostrar o caminho do bem e estabelecer que somente por esse caminho o homem chega a Deus.
Sua passagem entre nós se revelou como um grande livro de sabedoria, desde o momento do seu nascimento até o momento de seu sacrifício na cruz. Anualmente a igreja cristã celebra a última semana que Jesus viveu entre os homens, a Semana Santa, ou o Tríduo Pascal, que compreende a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Diferente do que se possa pensar, a morte de Jesus não foi o fim, foi sua passagem para a eternidade, deixando entre nós o seu catecismo de orientação para vivermos com princípios de respeito e de amor ao próximo. Seus ensinamentos nos propicia o ensinamento para seguirmos em Páscoa, aperfeiçoando a nós mesmos, para podermos, convivendo bem com os irmãos, seguirmos o caminho certo até a eternidade.
Este artigo poderia se estender um pouco mais para estabelecer um nexo da Páscoa com o aperfeiçoamento da vida politicamente correta.
Contudo, é tempo para essa reflexão em nossas vidas e levarmos esse ensinamento para nosso meio e assim fazer a mudança, tanto em nós mesmos, como para nosso próximo, que é a sociedade em que vivemos.
Gedeão Amorim é filósofo pela Universidade Federal do Amazonas, tem Especialização em Antropologia Amazônica e Mestrado em Administração Foco em Gestão Pública. Foi Pró Reitor da Universidade Federal do Amazonas e Secretário de Educação do Amazonas – SEDUC.