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    Início » Como CLT e agroecologia viraram propaganda do ‘made in Brazil’ na Europa

    Como CLT e agroecologia viraram propaganda do ‘made in Brazil’ na Europa

    RosemiroDe Rosemiro30/03/2023Nenhum comentário10 minutos lidos
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    O Brasil não costuma ser a primeira opção de marcas de calçados que querem produzir para o mundo. Em uma época em que consumidores olham cada vez mais para sustentabilidade, contudo, cooperativas de agricultura sustentável e leis trabalhistas que oferecem maior proteção aos funcionários têm ajudado a atrair empresas para o país. Movimentos sociais no campo, democracia, legislação trabalhista. Esses foram os elementos que atraíram, em 2003, os franceses François-Ghislain Morillion e Sébastien Kopp a produzirem seus calçados no Brasil.
    “A gente estava procurando um lugar para fazer tênis que respeitasse o ser humano e a natureza, e a gente encontrou todos esses ingredientes”, diz Morillion.
    Naquele ano, a dupla dava a volta ao mundo passando por quatro países diferentes, três meses em cada um deles: China, África do Sul, Índia e Brasil. Foram parar em Rondônia, onde se depararam com um plantio de palmito pupunha em sistema de agrofloresta exportado para a França, onde era vendido por uma marca de comércio justo.
    “Foi ali que a ficha caiu. Era 2003, e eles estavam já muito à frente naquela época. Foi o único projeto que a gente realmente achou que tivesse um impacto social e ambiental bom”, relata.
    Duas décadas depois, a marca da dupla – batizada de Veja no exterior e vendida como Vert no Brasil – produz 4 milhões de calçados por ano. São quatro fábricas parceiras, duas no Rio Grande do Sul, duas no Ceará. A borracha vem da Amazônia; o algodão, do Nordeste; o couro, do Sul.
    François-Ghislain Morillion e Sébastien Kopp na Amazônia: empresa usa estratégia de ‘publicidade zero’ para compensar custo maior com matéria-prima e mão de obra
    Divulgação
    ‘Fairly made in Brazil’
    O Brasil não costuma ser a primeira opção de marcas de calçados que querem produzir para o mundo. Uma das razões é o custo da mão de obra, mais caro do que em países como China e Vietnã, que se tornaram grandes fabricantes globais do setor. Além dos salários mais altos, a legislação trabalhista, de forma geral, confere um grau de proteção maior do que na Ásia – o que geralmente também significa custos maiores.
    Em uma época em que consumidores olham cada vez mais para valores como sustentabilidade, contudo, são características como essas que têm atraído algumas marcas para o país e repaginado o valor do “made in Brazil”.
    O caso da brasileira Undo For Tomorrow é exemplar nesse sentido. Depois de alguns meses operando no Brasil, a empresa de calçados se lançou no mercado europeu em junho de 2021 com um crowdfunding (financiamento coletivo) em que apresentava um tênis feito com borracha da Amazônia, garrafas recicladas e balões de festa descartados, entre outros materiais.
    No vídeo de apresentação, o narrador destaca: “Nuven is sustainable, vegan-friendly and fairly made in Brazil.” (Nuven é sustentável, vegan-friendly e feito de forma justa no Brasil, em tradução literal)
    Na pré-venda, a marca conseguiu arrecadar 110 mil euros em um mês e meio. Hoje, as vendas para o mercado europeu respondem por algo entre 60% e 65% da receita total.
    “Existe um valor maior por trás disso – e acho que aqui na Europa isso é muito reconhecido”, diz Patrick Dohmann, que mora em Portugal e é fundador da marca, referindo-se ao fato de produzir no Brasil.
    Formado em design, o carioca cresceu no mundo do calçado. Trabalhou no negócio do pai, que foi dono da marca Andarella, com dezenas de lojas no país, e empreendeu no setor antes de se voltar para a sustentabilidade.
    Campanha de crowdfunding para pré-venda da marca Undo For Tomorrow arrecadou 110 mil euros em cerca de um mês e meio
    Reprodução
    Jornada de 8 horas e acesso à Justiça
    A fábrica que produz para a marca está localizada no polo calçadista de Franca, em São Paulo. É chefiada por uma mulher e, segundo Dohmann, tem muitos empregados com longo tempo de casa, uma combinação que contribui para que o ambiente seja “quase familiar”.
    O Brasil é, para o empresário, um lugar onde a atmosfera do local de trabalho e as condições físicas das unidades fabris têm um equilíbrio positivo de forma geral. Após ter conhecido mais de 30 fábricas, ele diz que, embora a estrutura “nem sempre seja a melhor”, predomina “um ar muito amigável entre as pessoas”.
    Não foi essa a impressão que ele teve das fábricas do Vietnã. O país asiático tem ganhado protagonismo no setor calçadista nos últimos anos, à medida em que o custo da mão de obra aumenta na China, com a expansão da indústria de tecnologia no país.
    Depois de ter visitado cerca de 15 fábricas vietnamitas, entre unidades de pequeno, médio e grande porte, Dohmann saiu com a impressão de que muitas das grandes fábricas têm boa estrutura, são “grandes e bem iluminadas”, mas que o balanço entre trabalho e qualidade de vida dos colaboradores talvez não seja o melhor.
    Chamaram-lhe atenção a semana de trabalho de 6 dias, de segunda a sábado, e o fato de muitos dos funcionários morarem em alojamentos montados pela própria empresa, já que algumas das plantas de maior porte ficam afastadas dos centros urbanos.
    “Algumas pareciam verdadeiras cidades.”
    Morillion chama atenção para um ponto parecido.
    “Para nós, o que era muito importante era a questão das condições de trabalho. No Brasil, não existe essa coisa de dormir na fábrica. Parece bobo para um brasileiro, mas, quando você vai olhar para as fábricas de tênis do outro lado do planeta, as pessoas dormem em dormitórios nas fábricas”, diz.
    Nesse sentido, ele cita como pontos positivos da legislação brasileira a jornada estabelecida em 8 horas por dia, com pagamento de hora extra caso se trabalhe mais que isso.
    “A gente comparou o Brasil com o que tinha visto na Ásia, e não é que o Brasil tenha uma legislação incrível, mas tem uma legislação”, pontua.
    “E tem uma democracia. A maioria dos tênis do mundo vem da China, do Vietnã, que são dois países que não têm democracias – então um trabalhador não consegue acessar a Justiça se ele quiser processar a empresa, por exemplo.”
    Agricultura familiar e sustentávelA produção das marcas Vert e Veja conta hoje com cerca de 4 mil funcionários. São 1.500 famílias envolvidas nas associações e cooperativas que fornecem borracha e 1.200 nas que fornecem algodão.
    Em relação aos fornecedores, Morillion diz ter se surpreendido com as iniciativas de agroecologia com as quais se deparou no país, as quais ele associa diretamente aos movimentos sociais no campo, que deixaram como legado associações e cooperativas que há anos produzem com uma lógica da sustentabilidade.
    “A gente estava muito pensando na ecologia [quando pesquisamos para começar o negócio]. Quando a gente chega no Brasil, se dá conta de que a ecologia é um movimento social. A agroecologia é uma luta pelos direitos dos povos originários e das populações tradicionais do campo.”
    No Acre, diz ele, parte das associações e cooperativas que fornecem borracha para a marca são herdeiros dos “movimentos que nasceram com Chico Mendes”.
    “No algodão, muitos são ligados aos movimentos de assentamento; muitos dos nossos produtores são assentados”, acrescenta.
    O preço da sustentabilidadeTudo isso custa mais caro do que produzir da forma como a indústria calçadista opera normalmente. No caso da Veja/Vert, o modelo de negócio busca compensar o custo maior com matéria-prima e mão de obra com gasto zero em publicidade, por exemplo. Não há propaganda com celebridades usando as peças da marca ou posts pagos em contas de influencers nas redes sociais.
    “A gente não queria criar uma marca de luxo, queríamos fazer um tênis acessível. Não digo que ele é barato, mas pelo menos consegue ter um preço de aquisição que é comparável aos outros [marcas multinacionais]”, diz Marillion.
    Dohmann, da Undo For Tomorrow, ressalta que o custo mais alto de se produzir no Brasil pode ser um problema com o qual terá que lidar em algum momento de expansão da marca, que deve estrear no mercado americano nos próximos meses.
    “Um enorme percentual dos bens de consumo vendidos na Europa e nos Estados Unidos são produzidos na Ásia. Então, se eu quero concorrer com essas empresas, talvez chegue um momento em que vai ficar complicado, sabe?”
    Camille Le Gal e Laure Betsch, da Fairly Made: sustentabilidade ainda não é um consumo de massa, diz Le Gal
    Divulgação
    Nicho, tendência ou realidade?
    A questão do custo também é algo que afeta a decisão dos consumidores, diz Camille Le Gal, fundadora da Fairly Made, empresa que oferece soluções para empresas do mundo da moda que querem rastrear e medir o impacto de seus produtos.
    “Sou uma pessoa muito otimista, realmente acho que a indústria da moda está mudando para melhor. Mas acredito que a sustentabilidade ainda é um nicho, no sentido de que é pequena a porcentagem de pessoas que escolhe comprar produtos que tenham rastreabilidade e sejam responsáveis”, avalia.
    Também contribui para esse cenário, ela acrescenta, o fato de que não há uma definição propriamente dita de sustentabilidade a nível internacional. Se não há um padrão, é difícil saber o que exatamente cobrar das empresas – reciclabilidade? durabilidade? uso de matérias-primas cuja extração não contribua para a destruição de ecossistemas naturais?
    Le Gal coloca ainda um terceiro fator: a formulação de novas leis que balizem o comportamento do mercado e das empresas caminha devagar.
    Nesse sentido, a engenheira ambiental Ligia Zottin, que é gerente de impacto e compliance da Veja/Vert, acha que essa frente avança ainda mais lentamente no Brasil.
    “O que vejo é que essa pauta de ESG (sigla em inglês para “environment”, “social” e “governance” – meio-ambiente, social e governança, em tradução literal) no Brasil é um pouco atrasada”, diz a brasileira, que mora na Europa desde 2016.
    “A gente está vendo muitas legislações na Europa e Estados Unidos surgindo, no âmbito do due diligence [diligência prévia, em tradução literal, que se refere à investigação dos riscos e a análise da cadeia de fornecedores, por exemplo], de greenwashing [o marketing enganoso de práticas de sustentabilidade que na realidade não existem nas empresas], de trabalho escravo… E observo em algumas discussões que a gente tem com fornecedores que o assunto ainda é muito novo.”
    Mesmo na ausência de legislações mais em linha com a economia sustentável, entretanto, as empresas vêm sentindo cada vez mais pressão por mudanças, pontua Rafael Benke, CEO da Proactiva, que presta consultoria na área de ESG.
    De um lado, pelos próprios clientes – ainda que o consumo da sustentabilidade ainda não seja massificado -; de outro, pelos investidores.
    “Alguns clientes nossos no ano passado tiveram financiamento suspenso porque certos quesitos ESG exigidos pelo financiador não estavam preenchidos. Isso é revolucionário”, diz o executivo, que já foi diretor da Vale e líder da iniciativa de recursos naturais do Fórum Econômico Mundial.
    Para ele, as empresas com boa visão estratégica vão além das exigências da legislação local e se guiam pelas boas práticas internacionais.
    “Se você relaxar agora, circunstancialmente, porque alguém está fazendo vista grossa ou porque passou um decreto, por exemplo, a conta vai vir na frente.”
    Economia
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    Rosemiro

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