22/03/2023 – 17:16
• Atualizado em 22/03/2023 – 18:19

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Deputada Maria do Rosário, relatora do projeto

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22) projeto de resolução que assegura às deputadas federais gestantes, a partir da 30ª semana de gestação ou por meio da apresentação de atestado médico, o direito de registrar a presença e participar das deliberações no Plenário e nas comissões de forma remota. A proposta já foi promulgada.

O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Maria do Rosário (PT-RS), para o Projeto de Resolução 31/23, das deputadas Soraya Santos (PL-RJ) e Luisa Canziani (PSD-PR). Segundo o texto, esse direito poderá ser usado ainda durante 180 dias consecutivos após o fim da licença-maternidade.

A participação, a ser regulada por ato da mesaespecifica que os deputados podem fazer uso de plataformas de videoconferência para participarem com áudio e vídeo das sessões e reuniões.

Distribuição de projetos
A partir de sugestões de lideranças partidárias, Maria do Rosário incluiu no projeto o ajuste em um artigo do Regimento Interno da Câmara para explicitar que nenhuma proposição será distribuída a mais de quatro comissões de mérito em razão do aumento do número total de comissões permanentes. Antes do aumento de comissões neste ano, o limite era de três comissões.

Também em razão do acompanhamento dos trabalhos nas comissões, o texto aprovado aumenta de 15 para 20 o total de vice-líderes do governo.

Exercício do Mandato
“Todas as mulheres da Câmara inspiram esse projeto, não apenas as deputadas gestantes. A iniciativa define medida tolerada para que a maternidade não tome uma dimensão de oposição ao exercício do mandato, ainda que se goze da licença-maternidade”, afirmou uma relatora.

Segundo as autoras, “a partir desse período [30ª semana] as viagens de avião inúmeras seguranças, inclusive atestado médico ou até a presença do próprio médico no voo a partir da 38ª semana, por isso a dificuldade de deslocamento para Brasília”.

Contra parte do texto, o deputado Gilson Marques (Novo-SC) contestou a inclusão do aumento de 15 para 20 do número de vice-líderes do governo. “Essa proporção não foi sugerida ou tolerada para a oposição. É um trecho que não tem nada a ver com o contexto”, disse.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

Participação.

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