Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos há um ano, durante uma expedição no Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, na qual o município fica localizado. Atalaia do Norte AM Divulgação/Comando Militar do Amazônia A Prefeitura de Atalaia do Norte, município do Amazonas onde Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos há um ano, afirmaram, nesta segunda-feira (5), que está investindo no turismo sustentável e não manejo de biodiversidade. Bruno e Dom: um ano após mortes, entidade denuncia ‘ações paliativas’ no Vale do Javari e cobra proteção Quem é Jânio de Freitas, pescador investigado por informar rota das vítimas aos assassinos Os dois foram mortos no dia 5 de junho do ano passado, durante uma expedição no Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, na qual o município fica localizado. As mortes ocorreram próximas à Comunidade São Rafael, no Rio Itacoaí, e há suspeitas de que os assassinatos foram orquestrados por uma quadrilha de pesca ilegal que atua na Região. Em nota divulgada, a Prefeitura informou que está dando oportunidade aos ribeirinhos e indígenas, e conscientizando sobre a exploração responsável dos recursos naturais. “Um exemplo dos investimentos é a segurança da comunidade de São Rafael […] para receber turistas e gerar renda aos moradores, por meio do turismo sustentável e manejo da biodiversidade. Além disso, vale destacar a expansão do manejo para cinco etnias indígenas do Vale do Javari, em parceria com órgãos federais como Ibama e Funai, dentre outras instituições”. município fica localizado em uma área de fronteira. “A Prefeitura aguarda a presença efetiva dos órgãos federais de segurança e um maior apoio e atenção de fronteira […], também nas áreas da educação, social e desenvolvimento”. Por fim, a Prefeitura diz que é contra o Projeto de Lei 490, do Marco Temporal, “que visa retirar o direito dos indígenas”. Prefeito visitou casa de suspeito Na época do desaparecimento de Bruno e Dom, o prefeito de Atalaia do Norte, Dênis Paiva, chegou a visitar a casa de Amarildo da Costa Oliveira, um dos suspeitos de praticarem o crime. À GloboNews ele disse que havia ido ao local para acompanhar os trabalhos da Polícia Além disso, o procurador de Atalaia do Norte também se apresentou como advogado de Amarildo. Segundo o prefeito da cidade, o município não possui muitos profissionais e não há estrutura. “A família recorreu a esse profissional. Não tem advogado, não tem estrutura que permita procurar uma outra pessoa. Isso não implica que a Prefeitura dê cobertura ou esteja encobrindo”, disse o prefeito na época. Vídeos mais assistidos do Amazonas