Homenagem aconteceu nesta segunda-feira (5) e reconheceu membros da equipe de vigilância da qual Bruno Pereira fazia parte, além de indígenas que vivem na região. Homenagem Bruno e Dom no Amazonas. Rede Amazônica Duas cruzes foram fincadas no Rio Itacoaí, local onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram mortos há um ano. A homenagem aconteceu nesta segunda-feira (5) e conheceu membros da equipe de vigilância da qual Bruno fazia parte, além de indígenas que vivem na região. Durante a cerimônia, o grupo fez um minuto de silêncio na memória dos dois. Indígenas das etnias Kanamari, Matis, Mayuruna e Marubo estiveram presentes na homenagem. Na sede da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), em Atalaia do Norte, os indígenas também cobraram a punição dos culpados. LEIA TAMBÉM: Um ano após mortes, entidade denuncia ‘ações paliativas’ no Vale do Javari e cobra proteção Quem é Jânio de Freitas, pescador investigado por informar rota das vítimas aos assassinos Viúvas A Rede Amazônica ouviu como viúvas de Bruno e Dom. A mulher do indigenista, Beatriz Matos, disse que é preciso preservar a verdade de que o marido foi vítima de um crime brutal. “A verdade é que o meu marido e Dom foram vítimas de um crime brutal, completamente desumano. Eu não tenho o direito, não tenho como não estar de pé. Tenho duas crianças pequenas que precisam muito de mim. Eles já perderam o pai e eles precisam muito de mim”, afirmou. “Não conviver mais com Dom é muito sofrido. Tinha uma parceria muito intensa, a gente era muito amigo. Ele era o meu melhor amigo e a gente tinha uma vida muito legal, bem simples, e eu era muito feliz”, conto Alessandra Sampaio, viúva de Dom. Julgamento Amarildo da Costa de Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira. Rede Amazônica Um ano após a morte dos dois, nenhum réu foi condenado pelos crimes. As primeiras audiências da ação penal estavam marcadas para ocorrer nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, mas não aconteceram por problemas técnicos, conforme a Justiça Federal no Amazonas. As sessões, realizadas apenas em março, ficaram marcadas pela demora e instabilidades na internet, o que prolongou ainda mais a finalização do processo. Os réus Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, que estão detidos em presídios federais, chegaram a ser interrogados em maio, e na ocasião a justiça já havia dado um prazo para tanto o Ministério Público Federal quanto a defesa dos réus apresenta alegações finais. No entanto, os advogados conseguiram anular os interrogatórios. Isso porque, segundo os advogados, a defesa pediu que a Justiça Federal ouvisse mais testemunhas, o que foi negado pelo juiz Fabiano Verli, que conduziu o processo. Com a negativa por parte do magistrado, os defensores aguardavam no Tribunal Regional da 1ª Região (TRF-1) o direito de ouvir como testemunhas indeferidas. após Só isso acontecer é que os três réus voltarão a ser interrogados. Um ano após o crime, a Polícia Federal indiciou Ruben Villar, da Colômbia, como mandante do crime, e o pescador Jânio de Freitas. Conforme os documentos da investigação, divulgados pelo Fantástico no domingo (4), Bruno Pereira estava sendo monitorado por uma organização criminosa chefiada por Rubén Villar. Vídeos mais assistidos do Amazonas