O diretor-presidente do Instituto de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique Martins, esteve na manhã desta segunda-feira, 15/5, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), a convite da Comissão de Transporte da Casa, para apresentar o relatório com os valores de custo do transporte público de Manaus.
Durante a apresentação dos dados, Paulo Henrique destacou que a cidade de Manaus está há seis anos sem reajuste da tarifa de ônibus e que a administração municipal cumpre o pedido de reajuste salarial dos rodoviários.
“Devemos chamar o sindicato patronal e dos trabalhadores para conversar, já sabendo dos sentimentos que irão acontecer. Não temos nenhum tipo de repasse para a população desde 2017 dos custos do sistema. Neste período, por exemplo, já houve aumento de 92% do combustível e ainda outros custos que aumentaram, alguns desses custos são variáveis, aumentados e diminuíram, e já houve repasse para o salário dos motoristas”, destacou.
Paulo Henrique explicou que o salário dos trabalhadores rodoviários corresponde a 45,33% do valor da tarifa e mais 36,25% são referentes a gastos com combustível, lubrificantes, pneus, peças e acessórios.
“Os rodoviários fizeram uma concessão de 12,8%, o que representa R$ 63 milhões a mais em custo. O sindicato dos empresários está acenando com o repasse com base na margem de 4,10%, que vai representar R$ 18 milhões. Qualquer que seja o aumento, nós vamos ter um impacto nos custos operacionais e no custo do pagamento pela prefeitura. Em comparação com demais capitais, Manaus é a que menos aumentou a tarifa nos últimos dez anos, ou seja, a que menos repassou o custo crescente do sistema, ficando atrás apenas de Recife”, afirmou.
Inovações
O diretor-presidente do IMMU destacou as inovações tecnológicas que foram implantadas no sistema de transporte coletivo de Manaus, com destaque para instalação de câmeras de segurança com reconhecimento facial, visando a segurança dos usuários de transporte, além da inovação da frota de veículos.
“Para aumentar o número de usuários de transporte é preciso modernizar e trabalhar muito nisso. Tivemos uma modernização do Terminal de Integração 1 e Terminal de Integração 2, onde temos telões que mostram os horários dos ônibus, câmeras de identificação visual das pessoas – que estão sendo ampliadas para os ônibus para reduzir um dos maiores problemas que a população reclama que é falta de segurança nos coletivos. Outro trabalho é a renovação da frota; em fevereiro de 2020, a idade média da frota era de 8,32 anos e, em fevereiro deste ano, a idade média já está em 7,47 anos e com aquisição de mais 150 ônibus neste ano e mais 200 para 2024, a idade média ficará abaixo de 6 anos, ficando na casa dos 5 anos”, explicou Martins.
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Texto – Alisson Castro / IMMU
Fotos – Karollyne Silva / IMMU See More