No Pará, uma família de ambientalista foi morta a tiros no último domingo, 9, na área rural de São Félix do Xingu. A mãe, pai e filha foram encontrados por um filho do casal e pelo irmão Joene.
A família de ambientalistas desenvolviam projetos de proteção a animais além de realizar soltura de quelônios no rio. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do município de Marabá e pelo Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) do município de Redenção. Duas pessoas já foram ouvidas e vão prestar depoimento nesta quinta-feira, 13.
Eles moravam na região há vinte anos e os corpos teriam sido encontrados já em estado de decomposição na ilha da Cachoeira do Mucura. A suspeita é que o triplo homicídio a tiros tenha ocorrido há, ao menos, três dias. A principal suspeita da Polícia é que sejam pistoleiros, mas ninguém foi identifIcado
Crimes contra ambientalistas
De acordo com um relatório divulgado em setembro de 2021 pela Global Witness, uma Organização Não Governamental (ONG) internacional de direitos humanos e ambientais, 227 pessoas foram assassinadas em todo o mundo no último ano por defenderem os direitos humanos, ambientais e as terras onde vivem. A estatística mostra média de quatro ativistas assassinados toda semana desde a assinatura do Acordo de Paris, ocorrida em 2015. Vinte dessas mortes ocorreram no Brasil.
“Sabemos que por trás desses assassinatos, muitos ativistas e comunidades também sofrem tentativas de silenciá-los, com táticas como ameaças de morte, vigilância, abuso sexual ou criminalização – e que esses tipos de ataques são ainda menos reportados”, afirma ONG em seu relatório.