Atiradora entrou em escola com arma semi-automática e disparou vários tiros; polícia ainda não sabe a motivação do crime
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Internacional | Do R7
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METROPOLITAN NASHVILLE POLICE DEPARTMENT/AFP – 28.03.2023
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Segundo o perfil de Hale numa rede social, ela se identificava com pronomes masculinos, daí a informação inicial de ser um atirador. Hale levava consigo “pelo menos dois fuzis de assalto e uma pistola”, informou o porta-voz da polícia local, Don Aaron, durante uma coletiva de imprensa. No meio da manhã desta segunda, Audrey entrou por uma porta secundária da The Covenant School, uma escola pequena, onde acredita-se que teria estudado, segundo os elementos preliminares da investigação. Hale atravessou o térreo e subiu ao primeiro andar, atirando várias vezes. Três alunos, entre 8 e 9 anos, e três adultos, entre 60 e 61 anos, foram mortos, afirmou Aaron.
Imagem mostra a atiradora andando por corredor do colégio de Nashville
METROPOLITAN NASHVILLE POLICE DEPARTMENT/AFP – 28.03.2023
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Os policiais foram ao local e, após ouvirem disparos no andar superior, subiram “imediatamente” e “mataram” Audrey, que foi declarada morta às 10h27 locais (12h27 de Brasília), quinze minutos depois da primeira chamada de socorro, acrescentou. Uma das vítimas, identificada como Katherine Koonce, aparece como diretora da escola no site da instituição. Outra, de acordo com o jornal New York Times, era uma menina chamada Hallie Scruggs, filha do pastor Chad Scruggs.
Na imagem, Audrey caminha dentro da escola portando sua arma semi-automática
METROPOLITAN NASHVILLE POLICE DEPARTMENT/AFP – 28.03.2023
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Ao ser questionado se a identidade de gênero de Hale pode ter sido um fator de motivação do ataque, Drake respondeu: “Há alguma teoria a respeito, estamos investigando todas as pistas”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou as forças de segurança pela agilidade com que reagiram ao crime, que classificou como “repugnante”, e decretou bandeiras a meio mastro na Casa Branca. A violência armada “está dilacerando nossas comunidades, dilacerando a alma desta nação”, comentou Biden na Casa Branca, pedindo novamente ao Congresso que proíba os fuzis semi-automáticos.
Na foto, uma das três armas utilizadas pela atiradora nesta segunda (27)
METRO NASHVILLE POLICE DEPARTMENT/AFP – 28.03.2023
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De acordo com a publicação, a escola foi fundada pela Covenant Presbyterian Church. Durante o ataque, uma das professoras da pré-escola conseguiu ligar para sua filha. “Ela me disse que estava escondida em um armário, que havia disparos por toda parte”, disse Avery Myrick à emssora WSMV4, filial local da rede NBC. Ela contou ter se sentido aliviada de que sua mãe estava viva, mas “sente dor por todos aqueles” que perderam seus entes queridos no massacre.
Foto mostra alunos sendo retirados do colégio nesta segunda (27)
SETH HERALD/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/GETTY IMAGES VIA AFP – 27.03.2023
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Ao longo do dia, pais aflitos procuravam seus filhos na igreja onde estavam abrigados. O motivo do ataque, ainda desconhecido, poderia estar relacionado ao “rancor” do agressor em relação à escola, segundo John Drake. A polícia revistou a residência de Audrey Hale e encontrou um “mapa com acessos” à escola e um “manifesto”, acrescentou Drake, o que sugere que o ataque foi premeditado.
Imagem mostra crianças dentro de ônibus escolar junto de policiais
SETH HERALD/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/GETTY IMAGES VIA AFP – 27.03.2023
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O democrata há muito pede que o Congresso proíba, ou pelo menos restrinja, a posse dessas armas destinadas a causar o maior número de vítimas, mas os republicanos se opõem a isso. Os congressistas republicanos do estado do Tennessee, cuja capital é Nashville, também expressaram indignação nas redes sociais, mas sem mencionar o tema das armas de fogo. “Estou devastado”, tuitou o senador republicano Bill Hagerty. Sua colega Marsha Blackburn convocou as pessoas a “rezarem” pelas vítimas.
Na foto, parentes de vítimas lamentam as mortes que aconteceram nesta segunda (27) em colégio de Nashville (EUA)
BRENDAN SMIALOWSKI/AFP – 28.03.2023
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Ataques a tiros mortais são comuns nos Estados Unidos, onde existem cerca de 400 milhões de armas de fogo em circulação que causaram mais de 45 mil mortes em 2020 por suicídio, acidente ou homicídio, segundo os últimos números publicados pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC). Nesse ano, pela primeira vez, as armas tornaram-se a principal causa de morte entre menores de 1 a 19 anos, com 4.368 mortos, à frente dos acidentes de trânsito e das overdoses, segundo a mesma fonte.
Foto mostra mais uma criança sendo retirada da escola
SETH HERALD/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/GETTY IMAGES VIA AFP – 27.03.2023
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Os massacres em escolas constituem uma pequena parte do total, mas deixam uma marca indelével na sociedade. Um massacre ocorrido em 2018 em uma escola de ensino médio na Flórida desencadeou um movimento nacional liderado por jovens para exigir uma supervisão mais rigorosa das armas de fogo nos Estados Unidos. Apesar da mobilização de mais de um milhão de manifestantes, o Congresso dos Estados Unidos não adotou uma lei mais dura porque muitos congressistas estão sob a influência da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), um grupo pró-armas. Em um país onde milhões de americanos consideram que portar uma arma é um direito constitucional, os avanços legislativos recentes seguem sendo marginais, como a generalização de verificações de antecedentes criminais e psiquiátricos para poder comprar uma arma. Segundo uma pesquisa da ABC News/Washington Post, realizada em fevereiro, 51% dos americanos são contra a proibição e apenas 47% são a favor.
Na imagem, fachada do colégio que sofreu o ataque nesta segunda-feira, em Nashville
METRO NASHVILLE POLICE DEPARTMENT/AFP – 28.03.2023
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