De acordo a decisão, a justiça levou em consideração a existência de queixas de tortura. Justiça reconheceu que homens foram torturados no Batalhão da PM, em Manaus. Divulgação A Justiça do Amazonas reconheceu como ilegal a prisão de dois irmãos, na última terça-feira (27), na Zona Sul de Manaus. De acordo com a decisão, os homens foram torturados dentro do Batalhão da Polícia Militar do Amazonas. De acordo com o advogado do caso, Vilson Benayon, os dois irmãos caminhavam na rua, no bairro Betânia, quando presos do Batalhão da Polícia Militar invadiram, sem ordem judicial, a casa de um deles a procura de entorpecentes. Os policiais ainda arrombaram as portas da casa do vizinho à procura de drogas, mas nada foi encontrado. “Inclusive os policiais desligaram o circuito interno de TV e levaram o equipamento para não gerar provas contra eles mesmos no momento da invasão a casa e revista não autorizada pela justiça.” explicou o advogado dos irmãos. No documento solicitando a soltura dos irmãos, o aviso deu ordem de levar a dupla para a delegacia, os policiais os acompanharam para o Batalhão da Polícia Militar, também na Zona Sul de Manaus. Tortura O advogado iniciou o documento que os irmãos permaneceram dentro do camburão da viatura, sendo interrogados pelos presidiários. Depois, uma dupla foi torturada e mantida em cárcere privado onde permaneceram por vários minutos no sol quente e com o carro desligado. Um deles foi retirado do carro para ser interrogado sobre onde estava o dinheiro e o resto da droga. O advogado afirma que o homem foi agredido com um pedaço de ferro nas costas, mão e na palma do pé, enquanto outros policiais circulavam na viatura com seu celular. Rastreador Com a localização do celular de um dos irmãos, familiares e o advogado se dirigiram para o Batalhão da Polícia Militar e foram proibidos de entrar no local. O advogado recorreu à Procuradoria de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ameaçou acionar o Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Um policial informou que os irmãos seriam encaminhados para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Decisão da Justiça A juíza Aline Kelly Ribeiro Marcovicz Lins reconheceu como ilegal a prisão dos irmãos e destacou a existência de vício quanto a formalidade da prisão. A magistrada ainda levou em consideração a existência de expressões de tortura. Em audiência de custódia, após manifestação de defesa, um dos irmãos foi solto. O outro fica preso por ter passagem pela Justiça. Vídeos mais assistidos do Amazonas

