Profissionais pediatras da Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, localizada no bairro Compensa, na zona Oeste, participaram no sábado, 29/4, de curso sobre Conduta Perante o Recém-Nascido com Displasia de Quadril, Pé Torto Congênito e Fratura de Clavícula, problemas ortopédicos mais comumente identificados após o parto e cujas causas apontam para ocorrências desde o período de gestação até o momento do nascimento. O curso foi ministrado pelo médico ortopedista pediatra Nilton Orlando.
A médica neonatologista e chefe da Divisão Clínica da MMT, Sigrid Rodrigues do Nascimento, destacou a importância de que todos os profissionais estejam atentos aos sinais na hora do parto. “O pediatra neonatologista deve identificar essas condições logo após o nascimento do bebê, pois, quando há tratamento precoce e bem sucedido nos primeiros anos de vida, o bebê pode obter, na maioria dos casos, a cura completa, levando uma vida adulta normal ou, no mínimo, saudável e sem limites”, explicou uma neonatologista.
Durante o curso, o ortopedista pediatra Nilton Orlando mostrou que, essas situações, é fundamental o acompanhamento do médico ortopedista desde o nascimento e entendeu que, no caso do pé torto congênito, a cirurgia é apenas a segunda opção de tratamento. “O método mais realizado nesses casos é o de Ponseti, que é um tratamento conservador que consiste em manobras de manipulação nos pés afetados e no uso de gesso, e que apresenta resultados bastante fortes nas crianças, correção com progressiva da deformidade. A cirurgia só é indicada quando não há sucesso algum no tratamento convencional”, relatou o ortopedista.
Segundo a enfermeira obstetra Núbia Pereira da Cruz, diretora da MMT, cursos como esse são essenciais para complementar as capacitações já realizadas periodicamente na grade pedagógica da MMT e avaliar a importância do conteúdo apresentado. “Agradeço imensamente ao médico Nilton Orlando por ter vindo até nossa unidade, compartilhar seus conhecimentos e experiências. Agora, cabe a nós garantirmos o pronto diagnóstico desses problemas para que o tratamento especializado seja iniciado o mais rapidamente possível e não haja comprometimento no desenvolvimento do bebê”, concluiu a diretora.
Texto – Marcella Normando/MMT/Semsa
fotos – Divulgação / Semsa