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O general Augusto Heleno disse que para um golpe dar certo no país é necessário um líder do movimento. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro foi ouvido nesta quinta-feira (1°) na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF).
Heleno foi questionado sobre áudios de militares ligados ao ex-presidente em que discutiam um plano para um movimento golpista. Ele recusou ter participado e disse que o termo golpe foi banalizado.
“Se eu tivesse sido articulador, eu diria aqui. Eu acho que o tratamento que está dando essa palavra ‘golpe’ não é um tratamento adequado. Porque um golpe, para ter sucesso realmente, ele precisa ter um líder principal, alguém que esteja disposto a assumir esse papel de liderar um golpe. Não é uma atitude simples, ainda mais em um país do tamanho e da população do Brasil.”
Augusto Heleno disse que aconselhou Bolsonaro a não tomar atitudes drásticas contra o Supremo Tribunal Federal. Ele, no entanto, não quis comentar se o reconhecimento da vitória de Lula teria acalmado os apoiadores do ex-presidente.
Sobre um ao vivo em que Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas, o general disse não lembrar da transmissão e que confiava “em termos” nos equipamentos.
“Eu acredito, em termos, mas eu acho que é preciso que haja uma evolução da urna eletrônica, para que ela seja totalmente confiável. Houve uma série de questionamentos em relação à confiabilidade da urna. Isso é normal em um regime democrático. Isso é normal. O resultado da eleição foi apreciado.”
Sobre a emoção de que teria aparelhado o GSI, o general disse que durante a transição de governo passou todas as informações ao general Gonçalves Dias, que ocupou o GSI nos primeiros meses deste ano, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O general Gonçalves Dias – eu sempre tive um bom relacionamento com ele –, e me coloquei à disposição para conversar com ele sobre o que ele queria. Meu secretário executivo fez quatro palestras pra ele [general Gonçalves Dias]em uma delas ele levou, inclusive, o ministro [Aloizio] Mercadante. Então foi passado tudo que ele quis saber sobre o GSI. [O secretário executivo] colocado pra ele [Gonçalves Dias] que ele tiraria [do GSI] quem ele quis e colocaria quem ele quis.”
Heleno disse ainda não se esqueça de ter curtido uma postagem com conteúdo golpista. O tuíte foi mostrado pelos deputados na CPI.
Antes do depoimento começar, os deputados decidiram convocar novamente o Coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de operações da Polícia Militar do Distrito Federal. Segundo o requerimento, foram identificadas contradições entre o primeiro depoimento dele e do general Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
Os parlamentares também aprovaram a convocação do major da PM Flávio Silvestre de Alencar e do diretor do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil do DF, Victor Dan de Alencar Alves.
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