
Proposta deve substituir o teto de gastos e limita o crescimento das despesas da União. Nova regra prevê zerar déficit do governo e estabilizar dívida pública. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Reuters via BBC
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou para lideranças do governo e da Câmara a proposta do novo arcabouço fiscal, nesta quarta-feira (28). A nova regra fiscal substituirá o teto de gastos, se for aprovada.
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Nesta quinta-feira (29), a proposta será apresentada também ao Senado. O novo arcabouço fiscal já recebeu o sinal verde do presidente Lula para avançar.
Confira a seguir o que se sabe sobre a proposta até agora.
O objetivo da regra fiscal é “instituir regime fiscal sustentável para garantir a estabilidade macroeconômica do país e criar as condições adequadas ao crescimento socioeconômico”.
Com isso, o novo arcabouço quer estabilizar a dívida pública e equilibrar as contas do governo.
O governo também espera aumentar investimentos em áreas consideradas prioritárias.
A proposta para a nova âncora fiscal prevê limitar o crescimento dos gastos a 70% da receita.
O projeto traz regras de gasto combinadas com metas de superávit primários e mecanismos de ajuste, em caso de não atendimento dessas metas.
zerar o déficit público da União no próximo ano;
superávit de 0,5% do PIB em 2025;
superávit de 1% do PIB em 2026;
estabilizar a dívida pública da União em 2026, último ano do mandato do presidente Lula.
Na avaliação de equipe de Haddad, o ajuste é importante, mas gradual. A previsão é que, neste ano, o governo feche com déficit na casa dos R$ 100 bilhões.
Para 2024, a proposta prevê que o déficit seja zerado, com superávit no terceiro ano do mantado de Lula.
Os números também mostram que a dívida pública, atualmente na casa de 73% do PIB, vai crescer nos três primeiros anos do governo Lula, mas ficaria estabilizada no último ano.
No curto prazo, o país pode passar a contar com mais credibilidade e confiança do mercado.
A melhora nas expectativas de agentes econômicos pode contribuir para reduzir a taxa de juros, por exemplo.
No médio e no longo prazo, o país pode sentir os efeitos no crescimento da economia e no controle da inflação.
Com isso, abre a possibilidade para o governo investir mais em políticas sociais.
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