A episiotomia é um pequeno corte espontâneo feito no períneo, que é a região entre a vagina e o ânus, que pode ser realizado no momento final do segundo estágio do trabalho de parto, com o objetivo de alargar a abertura vaginal quando a cabeça do bebê está pronto a descer, facilitando a saída do bebê e prevenindo possíveis lesões graves no períneo.
Embora esta técnica fosse utilizada em quase todos os partos normais para evitar o rompimento da pele que pode surgir com o esforço do parto, atualmente, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e OMS, não fazer a episiotomia é sempre a primeira opção, pois não existem comprovativos científicos que definam a indicação desse procedimento.
No entanto, em alguns casos, a episiotomia pode ser indicada pelo obstetra e realizada de forma seletiva quando culturalmente necessária, pois além de muito dolorosa, pode ainda trazer riscos como incontinência voluntária ou abandonada, por exemplo. Nesses casos selecionados, a episiotomia é realizada com anestesia local, com uma técnica específica e a mulher deve concordar e assinar um termo de consentimento informado.
Quando pode ser recomendado
A episiotomia pode ser recomendada pelo médico, sendo que a mulher deve concordar com o procedimento e assinar o termo de consentimento informado livre e esclarecido para o parto normal, onde tem a informação de que ocasionalmente pode ser necessária a episiotomia e as complicações que podem surgir.
Assim, a episiotomia pode ser indicada em alguns casos seletivos, de acordo com a avaliação do obstetra durante o parto, e incluem:
- Risco muito elevado de lacerações graves no períneo, que podem atingir o intestino;
- Sofrimento fetal;
- feto prematuro;
- Peso do bebê acima de 4 kg;
- Falha no progresso do trabalho de parto.
A episiotomia geralmente é decidida pela equipe médica durante o parto, mas uma gestante pode deixar claro que não aprova este tipo de procedimento e, neste caso, o médico não deve realizar uma episiotomia.
A episiotomia é considerada uma violência obstétrica quando é feita sem o consentimento da mulher, e por isso, caso seja necessária a sua realização, o médico deve informar à mulher que deve autorizar o procedimento, após ser esclarecida da necessidade do procedimento e dos possíveis riscos.
Como é feito
A técnica mais indicada para realização da episiotomia é a mediolateral, em que é realizado um corte lateral na região do períneo, oferecendo menor risco de rompimento da região anal. No entanto, é mais doloroso e mais difícil de cicatrizar.
Outra técnica, que embora não seja a mais indicada, pode ser realizada por uma equipe médica experiente, é a técnica de episiotomia mediana, em que é feito um corte vertical no períneo em direção ao ânus, que é mais fácil de reparar, mas tem maior risco de se estender até o ânus e causar complicações, como lesão no esfíncter anal e incontinência fecal.
Como é a recuperação
A recuperação após a episiotomia, no primeiro dia, é feita no hospital com acompanhamento do obstetra, do anestesista e do enfermeiro. Neste período o médico pode receitar remédios para dor.
Os pontos utilizados na episiotomia normalmente são absorvidos pelo organismo ou caem naturalmente, não sendo necessários retornar ao hospital para removê-los e a região volta ao normal depois da cicatrização estar completa.
No entanto, alguns cuidados são importantes durante a recuperação da episiotomia e para garantir uma boa cicatrização, como manter a região íntima sempre limpa e seca.
Dessa forma, é importante trocar o absorvente sempre que estiver sujo, manter uma boa higiene da região íntima e, sempre que possível, evitar usar calças ou calcinhas para evitar o acúmulo de umidade.
Além disso, para facilitar a cicatrização e reduzir as dores provocadas pela episiotomia, pode-se ainda aplicar gelo na região e tomar remédios anti-inflamatórios prescritos pelo médico, como ibuprofeno ou paracetamol, por exemplo. Veja outros cuidados após a episiotomia.
Quanto tempo demora para cicatrizar
O tempo de cicatrização da episiotomia varia de mulher para mulher, sendo maior quanto maior para o tamanho e a profundidade da ferida. No entanto, o tempo médio é de 6 semanas após o parto.
Durante esse tempo, a mulher pode ir iniciando gradualmente as suas atividades diárias, sem fazer exercícios exagerados e de acordo com a indicação do médico. Já a atividade sexual só deve ser iniciada depois de a cicatrização estar completa.
Uma vez que a região ainda pode estar dolorida por mais tempo, uma boa dica antes de voltar a tentar o contato íntimo consiste em tomar um banho quente para ajudar os músculos a relaxar.
Saiba quais são os alimentos que aceleram a cicatrização da episiotomia nesse vídeo da nutricionista Tatiana Zanin:
Possíveis complicações
As principais complicações que podem ocorrer após a episiotomia são:
- Lesões nos músculos da região íntima;
- Hemorragia ou sangramento no local do corte;
- Dor ou inchaço na cicatrização;
- Lesão na uretra ou incontinência urinária;
- Infecção no local do corte;
- Aumento do tempo de recuperação do pós-parto;
- Fístula reto vaginal;
- Lesão no esfíncter ou na mucosa anal;
- Incontinência fecal;
- Dor crônica;
- Prolapso de órgãos pélvicos.
Além disso, pode ocorrer durante o contato íntimo nos meses seguintes após o parto.
Para evitar o desenvolvimento de alguns desses problemas, a mulher pode realizar exercícios de Kegel durante a recuperação, conforme orientação do obstetra. Veja como fazer este tipo de exercício corretamente.
Sinais de alerta para voltar ao médico
É importante consultar o obstetra ou procurar o pronto socorro mais próximo caso surjam sintomas como, febre, calafrios, sangramento ou pus na cicatrização, ou corrimento com mau cheiro.
Esses sintomas podem indicar uma infecção e, nesses casos, deve-se buscar ajuda médica imediatamente.
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