Contratante da pesquisa, valor e origem dos recursos

A contratante é a Perspectiva Mercado de Opinião Ltda., inscrita no CNPJ sob o número 36.757.932/0001-20. O valor da pesquisa é de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), custeados com recursos da própria empresa.

Objetivo, UF onde a pesquisa foi realizada e cargos pesquisados

Estudo das eleições para Presidente, Governador e Senador no estado do Amazonas.

Metodologia e período de realização da pesquisa (1)

 

A empresa utilizou um questionário previamente testado, com perguntas de controle para as cinco variáveis – gênero, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho – exigidas pelas resoluções 23.600/2019 e 23.676/2021, do TSE.

A pesquisa é do tipo quantitativa, por amostragem, que utiliza um sistema de CATI (Computer Assisted Telephone Interview), com entrevistas pessoais realizadas por telefone.

O servidor da central de CATI da Perspectiva é dotado de um tronco com 28 terminais telefônicos e um banco de dados que contém os prefixos dos celulares pré-pagos e pós-pagos utilizados nas cidades pesquisadas, de todas as operadoras.

O banco de dados foi criado pela própria empresa Perspectiva, utilizando-se somente dos entroncamentos validados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O software do sistema seleciona, de forma automática e aleatória, os prefixos celulares que estão armazenados no servidor e ele mesmo faz a discagem do número. Os entrevistadores aplicam o questionário registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e inserem as respostas no sistema.

Metodologia e período de realização da pesquisa (2)

Outra característica do software utilizado em nossas pesquisas por telefone é que as alternativas com os nomes pesquisados são apresentadas randomicamente aos respondentes, e não por ordem alfabética ou pelo número do partido, o que objetiva eliminar qualquer tipo de viés. A ordem das respostas (nomes) é modificada a cada questionário.

No caso de haver perda de sinal telefônico durante a execução da entrevista, o(a) entrevistador(a) possui a opção de realizar a rediscagem para o mesmo número, a fim de que a pesquisa seja retomada.

O sistema descarta automaticamente a chamada que: a) é encaminhada para a caixa postal; b) recebe a informação de que o número não existe; c) recebe o sinal de linha ocupada; e d) não é atendida após tocar por 6 vezes.

Quando o(a) respondente não for do município pesquisado ou quando não estiver dentro das cotas de sexo e idade estabelecidas, o(a) entrevistador(a) interrompe a entrevista e agradece a colaboração. Em seguida, informa o código específico ao servidor e o sistema vai buscar outro número aleatório do banco de dados. Números de telefone cujo atendente se recusa a participar são retirados da base de dados.

O período de realização da coleta de dados foi de 26 e 27 de agosto  de 2022.

A equipe de trabalho é formada por 03 supervisores, 02 coordenadores e 25 pesquisadores.

OBSERVAÇÃO: As informações coletadas são resguardadas pela Lei nº 13.709/2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que protege os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e a livre formação da personalidade de cada indivíduo. Ou seja, a identidade dos(as) respondentes é preservada, pois as respostas são analisadas de forma geral e não individualmente.

Plano amostral, ponderação, área física e margem de erro e intervalo de confiança (1)

O universo amostral é composto de moradores do estado do Amazonas com idade a partir de 16 anos, que possuem título eleitoral e que são portadores de aparelhos de telefone celular. A amostra foi de 1.500 entrevistas em Manaus e nos 24 maiores colégios eleitorais do Amazonas, totalmente executadas por telefone e divididas entre eleitores de Manaus (802), Parintins (63), Manacapuru (63), Itacoatiara (61), Coari (45), Tefé (36), Tabatinga (32), Maués (32), Iranduba (31), Manicoré (29), Humaitá (28), São Gabriel da Cachoeira (28), Autazes (25), Lábrea (23), Presidente Figueiredo (22), Careiro (21), Boca do Acre (20), Benjamin Constant (19), Carauari (19), Barreirinha (18), Borba (18), Eirunepé (17), Nova Olinda do Norte (16), São Paulo de Olivença (16), Rio Preto da Eva (16).

As variáveis de controle GÊNERO e IDADE são autoponderadas, sendo Masculino: 48,3%; Feminino: 51,7%; 16 a 24 anos: 19,6%; 25 a 34 anos: 23,5%; 35 a 44 anos: 21,7%, e 45 anos ou mais: 35,2%.

A ponderação das variáveis grau de instrução e nível econômico foi aplicada. Vale se destacar que a função da ponderação é eliminar a tendenciosidade de uma amostra de pesquisa, a fim de representar melhor a população segmentada nos resultados. Por exemplo, quando a porcentagem de participantes da variável grau de instrução em uma pesquisa é maior ou menor que a da população segmentada, aumentamos ou diminuímos a contribuição das respostas, utilizando um fator (o peso). Dessa forma, a representatividade dessas pessoas se torna proporcional à população segmentada nos resultados ponderados.

Exemplificando: na variável nível econômico, os dados coletados apresentam 59,2% de População Economicamente Ativa (PEA) e 40,8% de População Não

Economicamente Ativa. Ponderamos, então, para 62,5% PEA e 37,5% PNEA. Já na variável nível de instrução, os dados obtidos no campo foram 19,7% Ensino

Fundamental; 57,0% Ensino Médio e 23,3% Ensino Superior. Aplicamos, então, a ponderação para 35,3% Ensino Fundamental; 49,4% Ensino Médio e 15,3% Ensino Superior.

Plano amostral, ponderação, área física e margem de erro e intervalo de confiança (2)

A área de abrangência da coleta é o Amazonas. A relação das localidades/bairros selecionados para a aplicação da amostra será apresentada até o 7º dia seguinte ao registro da pesquisa, conforme expresso no art. 2º, §6º da Resolução 23.600/2019, atualizada pela Resolução 23.676/2021, do TSE.

A margem de erro máxima estimada é de 2,5%, para mais ou para menos, com um grau de confiabilidade de 95,0%. Isso significa que se fossem feitas 100 entrevistas com a mesma metodologia, 95 estariam dentro da margem de erro prevista.

FONTES PÚBLICAS DOS DADOS: Tribunal Superior Eleitoral – TSE (jul/2022) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE/Pnad, (1º trimestre de 2022).

Sistema interno de controle e verificação

A verificação foi realizada no mínimo em 15% da amostra. A Perspectiva utiliza um sistema de controle e monitoramento em tempo real cujo software possibilita que, durante a coleta dos dados, todos os pesquisadores sejam monitorados por supervisores, que escutam as entrevistas quando elas ocorrem, a fim de verificar se todos os procedimentos estão sendo realizados em conformidade com o treinamento. Para este projeto, em específico, cada supervisor deverá monitorar de 06 (seis) a 08 (oito) pesquisadores e o sistema (CATI) identificará os questionários auditados.

Questionário completo e profissional de estatística responsável pela pesquisa

As informações referentes ao questionário estão contidas no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle), de acesso público. O profissional responsável pela pesquisa é o sr. Ezio Lacerda Lopes, registrado com o número 8.332 no Conselho Federal de Estatística – Conselho Regional de Estatística da 7ª Região, onde a empresa Perspectiva Mercado de Opinião Ltda. também se encontra legalmente inscrita, sob o número 8.556.

PRESIDENTE

 

PRESIDENTE

 

 

 

Eleições 2022-AM:

Este é o terceiro estudo sobre a Eleições Gerais de 2022 no Amazonas realizado pela Perspectiva, de um total de seis pesquisas que serão registradas no 1º Turno. A anterior foi divulgada no fim do mês de maio do corrente.

As tabelas apresentadas indicam a evolução do desempenho dos nomes avaliados para os cargos de Presidente, Governador e Senador, de maneira espontânea e estimulada. Esta terceira pesquisa foi realizada nos 25 maiores colégios eleitorais do estado, o que representa mais de 80% do eleitorado amazonense.

O questionário apresentado aos entrevistados foi compacto, o que tornou possível que a pesquisa fosse realizada pelo sistema CATI (Entrevista Telefônica Assistida por Computador), no período de dois dias (26 e 27 de agosto), concomitantemente ao início do horário eleitoral gratuito no rádio e TV.

PRESIDENTE

Considerando o primeiro debate realizado dia 28 de agosto pelo pool de veículos formado por Band, UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura, é bem provável que ocorram oscilações no desempenho dos candidatos, em razão de os indecisos já começarem a definir seus votos, fugindo um pouco da polarização entre Bolsonaro e Lula.

O desempenho de Simone Tebet é um exemplo claro de alteração do quadro. Candidata desconhecida antes das convenções, ela aparece agora, na pergunta estimulada, com 4,5% no Amazonas. Já o pedetista Ciro Gomes vem se mantendo entre as casas de 4% a 6%.

Um fenômeno identificado especialmente em nosso estado nesta pesquisa foi a queda de Bolsonaro na pergunta estimulada: de 38,1% em maio para 32,7% em agosto (-5,4%). Quanto ao candidato Lula, apresenta um crescimento nas intenções de voto que vai além da margem de erro de 2,5%: de 37,7% para 43,2% (+5,5%). Esses percentuais ocorrem por múltiplas variáveis, porém, é possível que a questão principal seja a Zona Franca de Manaus, quando o Governo Federal tratou a questão do IPI de maneira a prejudicar o nosso modelo econômico.

PRESIDENTE

O cruzamento das variáveis de controle com a pergunta estimulada (página 9) mostra que Bolsonaro ainda consegue se manter à frente de Lula em Manaus por 39% contra 37%. Por outro lado, a vantagem do petista no interior é quase o dobro, com 51% contra 26%, o que não chega a ser surpresa, pois é uma tendência já identificada nos estudos realizados no Amazonas por todas as empresas de pesquisa.

Lula é um presidenciável cuja força está entre as pessoas de baixa escolaridade e entre os que estão fora da atividade econômica. Bolsonaro ganha entre os que possuem ensino médio e superior e possui o seu melhor desempenho entre as pessoas economicamente ativas.

Na pergunta espontânea, Lula subiu de 25,6% em maio para 34,0% neste mês (+8,4%), enquanto Bolsonaro desceu de 31,2% para 27,2%. Ciro vem em terceiro com 2,4% e Simone Tebet é a quarta, com 1,6%. É válido pontuar que, a cada pesquisa, a tendência é que o número de indecisos recue gradativamente na pergunta espontânea. Ou seja, as curvas de estimulada e espontânea começam a se aproximar, mostrando o início de uma consolidação do voto, como é percebido nas principais empresas que realizam estudos eleitorais no Brasil.

GOVERNADOR DO AMAZONAS (1)

Na pergunta espontânea, observamos um crescimento de todos os principais candidatos. Wilson Lima tinha 12,3% em março e agora detém 20,0%, enquanto Amazonino Mendes subiu de 12,3% para 15,9% no mesmo período. Já Eduardo Braga saiu de 6,7% no início da campanha para 11,9%. Os indecisos diminuíram de 61,9% para 44,9% (-17%). Nos próximos 30 dias, esse número, a cada semana, tende a cair de cinco a dez pontos percentuais. As demais candidaturas também tiveram crescimento. Ricardo Nicolau, por exemplo, tinha 1,2% em maio e agora tem 2,3%, e Henrique Oliveira saiu de 0,4% para 0,7%.

A principal mudança desta terceira rodada de pesquisas ocorreu na pergunta estimulada: em março, Wilson perdia para Amazonino por uma diferença de 10,9% (33,4% contra 22,5%). Agora, Lima já aparece em primeiro, com 28,3%, ultrapassando Mendes que obteve 26,8% em agosto, diferença de 1,5%, porém, um empate técnico, dentro da margem de erro de 2,5%.

GOVERNADOR DO AMAZONAS (2)

E qual a explicação para esse novo quadro? Conforme podemos ver no cruzamento das variáveis de controle (página 11), Amazonino mantém o seu bom desempenho na capital, com 32%. Entretanto, no interior, onde ele não tem estrutura de campanha nem apoios representativos e significativos, seu percentual é bem abaixo do seu concorrente direto: 21% contra 33% de Wilson. O percentual do atual chefe do Executivo estadual no interior também é melhor que o de Eduardo Braga, que se mantinha na casa dos 30% e agora é de 27%, o que é um empate técnico, do ponto de vista objetivo.

Diferentemente das recentes pesquisas divulgadas, esse desempenho de Eduardo no interior e a sua performance na capital, onde ele é o terceiro colocado, com 16%, possibilita que sua candidatura atinja os 21,5% na estimulada, bem distante dos resultados de outras empresas que o colocam abaixo desse número. O detalhe importante é que a diferença agora de Amazonino para Eduardo Braga é de apenas 5,3%. E para a pergunta que a maioria das pessoas podem querer fazer sobre se está definido quem vai para o 2º Turno, a resposta é não.

Por tendência de evolução e crescimento, uma das vagas é, preferencialmente, do governador Wilson Lima. A segunda não está garantida para Mendes, pois, basta que haja, somente na capital, um deslocamento de 6% dos votos dele para Eduardo, que este o ultrapassaria na reta final por mais de 1%. Mas a caminhada é grande: debates, quatro semanas de propaganda eleitoral, estrutura, militância, rua, noticiário, entrevistas e todos os outros fatores que estão embutidos na campanha.

Ricardo Nicolau permaneceu em quarto, repetindo o percentual de março (6,3%); Henrique Oliveira é o quinto, com 2,3%, e Carol Braz, a sexta, também com 2,3%, os demais nomes são os ditos “nanicos” (que possuem menos de 1%). Dos oitos candidatos a governador, cinco somarão pelo menos dez pontos percentuais na disputa, sobrando para os três principais concorrentes algo em torno de 90% dos votos. Então, irá para o 2º Turno, provavelmente, quem obtiver mais de 28% de votos válidos, já que a tendência é que Wilson Lima atinja 35%, dentro da margem de erro.

SENADOR PELO AMAZONAS

O maior crescimento proporcional desta pesquisa ocorreu na pergunta espontânea para senador. Em março, os indecisos somavam 72,3% e agora são 53,5% (18,8%). Omar Aziz subiu de 6,4% para 16,0%; Arthur, de 5,5% para 13,2%; Menezes foi de 5,4% para 7,9% e Luiz Castro, de 1,8% para 4,9%. Os eleitores já sabem quem são os candidatos, e, a cada semana, o número de indecisos tende a diminuir de forma gradativa.

Na pergunta estimulada, houve um crescimento de Omar, de 20,9% para 28,3%, ancorado, principalmente, no interior do estado. É a primeira vez que Aziz consegue se distanciar do ex-prefeito Arthur Neto, que obteve 23,7%.

Por outro lado, o candidato Coronel Menezes sofreu redução no seu percentual de intenções de voto entre maio e agosto, descendo de 16,1% para 12,6%. Isso ocorre porque o desempenho dele está totalmente ligado ao de Bolsonaro que, aliás, neste estudo também teve uma queda significativa.

Além disso, há os problemas de relacionamento que Menezes tem com a sua própria coligação, onde a maioria dos candidatos a deputado federal e estadual não o apoiam.

Uma candidatura que apresenta uma evolução lenta e gradual, mas que, provavelmente, ultrapassará a casa dos dois dígitos, é a do ex-deputado estadual Luiz Castro, que está com 9,5%. Cabe observar que Arthur ainda lidera na capital, com 26%, e Omar, que estava abaixo de 20% em Manaus, melhorou seu percentual e agora atinge 23%. Coronel Menezes já teve um desempenho melhor na capital, mas caiu para 14%; no interior ele possui 10%.

Luiz Castro consegue manter um desempenho equilibrado em, praticamente, todas as variáveis de controle. Arthur se sobressai entre os que possuem ensino superior. Omar consegue seu melhor desempenho em perfil semelhante ao de Lula: pessoas com ensino fundamental. E mais de 70% dos eleitores de Menezes votam em Bolsonaro (ver cruzamentos das páginas 15, 16 e 17).

Nos próximos dias iremos realizar a quarta pesquisa registrada, com data a ser definida de acordo com o feriado da Semana da Pátria e do Amazonas.

Pesquisa registrada no TSE sob o código de número AM-07370/2022

Participação.

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