A divisão interna do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre fazer oposição ferrenha ou branda no governo Lula, e a possibilidade de a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentar uma ação judicial contra Bolsonaro estão entre os destauqes desta terça-feira (17).
PL de Bolsonaro se divide entre oposição branda e ferrenha e até aliança com Lula na Câmara
Ao mesmo tempo, há deputados federais do PL que defendem até uma aliança com o mandatário.
Parte dos integrantes do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro na Câmara é contra se aliar a Lula, tanto pelo histórico recente da sigla quanto para tentar se firmar como liderança na oposição ao petista, já que terá a maior bancada da Casa.
Uma ala é composta por bolsonaristas mais fiéis a Bolsonaro, como Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR) e o próprio filho deputado federal do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (SP).
Eles são originários do grupo de aliados vindos do PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente em 2018.
Procuradores veem possibilidade de AGU denunciar Bolsonaro
A ideia que vem sendo ventilada é que a AGU entre com uma ação penal privada subsidiária de ação penal pública.
A tese foi levantada em razão da avaliação de que o atual PGR, Augusto Aras, pode se recusar a denunciar o ex-presidente, por quem foi nomeado.
Fontes da AGU não negaram à CNN essa possibilidade e informaram que o melhor é aguardar. Disseram ainda considerar que a PGR está atenta ao caso.
A expectativa é de que até o fim deste ano já haja elementos para comprovar a responsabilidade de Bolsonaro nos atos criminosos do dia 8 de janeiro.
Foi por ação de 79 procuradores que a PGR acabou pedindo a inclusão dele nas investigações.
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“Constata-se, assim, a inequívoca correlação entre os fatos e documentos novos e a demanda estabilizada, uma vez que a iniciativa da parte autora converge com seu ônus de convencer que, na linha da narrativa apresentada na petição inicial, a reunião realizada com os embaixadores deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”, disse o ministro.
O documento será incluído no processo movido pelo próprio PDT que investiga a reunião de julho de 2022 com os embaixadores no Planalto.
Detidos por depredação de 8 de janeiro reclamam de comida e de celas pequenas em prisão de Brasília
As críticas, contudo, vão de encontro a vistorias promovidas tanto pelo Ministério Público Federal como pelo Poder Judiciário. Em relatório, promovido na semana passada, integrantes do Poder Judiciário apontaram instalações em “excelente estado”.
O documento pontuou que houve uma destinação especial de 900 colchões e que o governo do Distrito Federal cuidou para que “cada pessoa oriunda de sua carceragem recebesse um kit de higiene pessoal”. “Assim, essas pessoas, ao longo do dia, receberam as quatro refeições diárias de praxe”, constatou.
Os detidos têm afirmado, segundo relatos feitos à CNN Brasil, que as refeições são “incomíveis” e pedido para que parentes deles sejam autorizados a levarem frutas e achocolatados. Eles têm reclamado ainda dos banheiros e afirmado que têm bebido água da torneira.
Ex-ministro Anderson Torres deve prestar depoimento até quarta-feira
O mandado de prisão preventiva contra Torres foi decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Recaem sobre ele suspeitas de ser conivente e omisso diante dos atos criminosos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro. Na ocasião, os criminosos depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Na semana passada, pelo Twitter, o ex-secretário publicou um pronunciamento dizendo que foi “surpreendido pelas lamentáveis cenas” em Brasília durante seu “segundo dia de férias”.
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Fonte: CNN