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    Por que as águas dos rios da bacia amazônica estão subindo acima do esperado?

    RedaçãoDe Redação11/01/2022Nenhum comentário10 minutos lidos
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    O nível do Rio Negro já é considerado o mais alto registrado nos últimos 122 anos, de acordo com os dados disponibilizados pelo Porto de Manaus desde setembro de 1902.

    As cidades banhadas pelo Rio Negro, no Amazonas, finalizaram o ano de 2021 em alerta. O nível do rio voltou a subir antes do esperado e de forma rápida, gerando o alerta sobre a próxima cheia que está por vir em 2022.

    Em 2021, a enchente atingiu o maior índice já registrado pelo Porto de Manaus desde setembro de 1902, alcançando a marca de 30,02 metros, no dia 16 de junho, no Porto de Manaus.

    De acordo com o boletim da Defesa Civil, em todo o Amazonas, mais de 455 mil pessoas foram atingidas pela subida das águas no ano passado. Até então, a marca recorde era de 29,97 metros, registrada em 2012.

    Durante o mês de junho de 2021, o rio se manteve estável e depois iniciou o processo de vazante, diminuindo o nível da água por maide de 10 metros, permanecendo até 4 de novembro, com 19,44 metros. Entretanto, a partir do dia 8 de novembro, o nível do rio voltou a subir, dois meses antes do esperado.

    Até o fim do ano, o Rio Negro subiu cerca de 4,34 centímetros, alcançando 23,79 centímetros. Somente nos primeiros cinco dias de 2022, a subida foi de 0,32 centímetros, atingindo 24,11 metros.

     Foto: Reprodução / CPRM

    O Portal Amazônia conversou com o Pesquisador Titular da Coordenação de Pesquisas em Dinâmica Ambiental (CODAM) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e vice coordenador do grupo de pesquisa Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (MAUA), Jochen Schongart, para explicar melhor o porquê disso estar acontecendo.

    Primeiro, ao contrário do que muitos podem ter pensado, o rio teve uma vazante que correspondia ao tamanho da amplitude dentro do padrão esperado, devido à máxima atingida ter sido muito alta. Entretanto, ainda sim é importante alertar sobre uma possível próxima grande cheia.

    “O nível do rio já é considerado o mais alto já registrado nos últimos 122 anos e isso já é algo preocupante. Ele também se dá por conta do fenômeno La Niña que está se manifestando no Pacífico Equatorial, na porção leste central, junto com o aquecimento do Atlântico Tropical Norte. Consiste em uma fonte de evaporação que os ventos alísios importam para a Amazônia. Então, entre um Atlântico aquecido e um Pacífico resfriado intensifica-se uma ponte atmosférica que é conhecida na ciência como a ‘Circulação de Walker’, que resulta na convecção profunda, principalmente na região norte da Amazônia, provocando chuvas intensas e aumento da estocagem de água da superfície terrestre”, explica o professor.

    Em um estudo recente, publicado no periódico ‘Weather and Climate Extremes‘, os pesquisadores identificaram esse processo como o mecanismo principal que resultou na cheia histórica de 2021.

    Acontece que a enchente de 2021/2022, de acordo com os dados, tem que ser interpretada dentro do contexto da intensificação do ciclo hidrológico na Amazônia. Que se reflete principalmente no aumento da magnitude e da frequência das cheias severas nas últimas décadas. Isso se mostra através da duração do período em que Manaus passou pela situação de emergência. Por exemplo, em 2021, foi declarado quando o rio ultrapassou 29 metros, o mesmo período em que as águas começaram a invadir o Centro da cidade.

    Foto: Diego Oliveira / Portal Amazônia

    No século XX, Manaus passou por um período de nove cheias extremas (quando ultrapassa a marca de 29 metros), que somadas resultaram em um total de 400 dias em situação de emergência. Entretanto, no século XXI, Manaus já passou por oito cheias extremas, entre essas, as três maiores já registradas (2009, 2012 e 2021). Pode-se dizer que até o início da terceira década, deste século, Manaus já passou por um tempo total da situação de emergência 20% acima do registrado no século anterior.

    Então, a evolução das cheias severas acontece com uma magnitude cada vez mais alta e com maior frequência. Isso está relacionado tanto com a variabilidade natural de grandes sistemas climáticos, mas também com uma manifestação das mudanças climáticas antropogênicas, desencadeando essa intensificação do ciclo hidrológico, como  aponta umestudo publicado no ano de 2018, no periódico ‘Science Advances‘ . 

     Intensificação da circulação equatorial de Walker e aumento das inundações na Amazônia. Foto: Reprodução/Inpa

    De acordo com o pesquisador, é importante ressaltar que “nas últimas décadas as águas superficiais do Atlântico Tropical estão aquecendo e evaporando grandes quantidades de água para atmosfera, onde os ventos alísios importam as massas de ar úmido para a Amazônia. Ao mesmo tempo, o Pacífico Equatorial passou por um esfriamento das suas águas superficiais na região central, intensificando a Circulação de Walker, que resultou, principalmente aqui na Bacia Amazônica, em uma convecção profunda e aumento da chuva, ocasionando o aumento da magnitude e frequência das grandes cheias” .

    Outras influências

    O terceiro grande oceano no planeta, o Oceano Índico também tem um certo papel nesse mecanismo. Como o ‘cinturão dos ventos do oeste’ do Hemisfério sul se deslocou durante as últimas décadas mais em direção à Antártica, permitiu que as águas superficiais que normalmente são presas no Oceano Índico acabassem “vazando” para o oceano Atlântico ao redor da África do Sul. Esse fenômeno chama-se ‘Vazamento das Agulhas’ e pela Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico, essas águas são transportadas para o Atlântico Tropical contribuindo para o seu aquecimento.

    O aquecimento das águas do Atlântico Tropical também acontece por meio de um mecanismo de retroalimentação que foi recém-descoberto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicado no periódico ‘Geophysical Research Letters‘, mostra que a maior descarga de água doce para o Atlântico Tropical em consequência do aumento da magnitude e da frequência das grandes cheias do Rio Amazonas, fortalece na região da sua pluma. 

    Uma barreira física é criada e dificulta a troca entre as águas doces (leves) e quentes na superfície do oceano com as águas salinas (densas) e frias na profundidade.  Esse mecanismo contribui para o aquecimento das águas superficiais do Atlântico Tropical, resultando em um aumento da evaporação da água para a atmosfera para que os ventos alísios importem para a Bacia Amazônica.

    Os igarapés de Manaus não influenciam no nível máximo do Rio Negro

    Apesar do que se espera, os igarapés não necessariamente contribuem para que o Rio Negro fique com uma cota alta. Na verdade, o comportamento da subida das águas que banham a cidade é o contrário, isto é, eles enchem conforme os níveis do Rio Negro, por conta do barramento hidráulico que existe na região. 

     Foto: Reprodução / Água Branca Online

    Quais as consequências que as cheias severas podem trazer?

    O impacto pode atingir as populações que moram em centros urbanos e áreas rurais do Estado. Por conta dos igarapés, principalmente em Manaus, não conseguirem fazer o processo de drenagem, eles acabam elevando as águas, em grande maioria poluídas, que acabam invadindo casas e terrenos de locais onde moram próximos. 

    Isso faz com que as pessoas entrem em contato com águas contaminadas, formando uma lixeira a céu aberto, além da proliferação de animais peçonhentos e a formação de pragas de insetos e ratazanas.

     Foto: Patrick Marques/g1 Amazonas

    Já no caso do contexto rural, boa parte da população reside em locais de várzeas, que são áreas alagáveis de elevada fertilidade que acompanham os rios de água branca, como é o caso do Rio Solimões. Nesse caso, essas pessoas realizam atividades econômicas como pecuária, agricultura, extração de produtos madeireiros e não madeireiros, além da pesca. Tudo isso vai prosseguir conforme o nível da água.

    Nessas últimas décadas os ribeirinhos estão tendo cada vez menos tempo disponível para realizar a agricultura nas topografias elevadas da várzea, como, por exemplo, a mandioca e a macaxeira. Esses produtos não conseguem amadurecer por causa da invasão antecipada das águas nessas áreas que resulta em enormes perdas para os ribeirinhos, precisando reajustar o manejo dessa população.

    O que se pode esperar para a cheia de 2022?

    De acordo com o Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Estado, com exceção do Rio Madeira, os níveis dos rios do Estado estão atípicos no comparativo entre os meses de dezembro de 2021 e o de 2020, que antecedeu a maior enchente registrada no estado dos últimos 100 anos.

    O volume do rio começou a subir no dia 6 de novembro, apenas quatro meses depois do processo de vazante do rio. Na calha do Rio Negro, o nível está 2,88 metros acima do que estava em igual período do ano passado. Em 24 de dezembro de 2020 o rio estava com 20,29 metros de profundidade, enquanto que no mesmo dia de 2021, o rio chegou a 23,27 metros. 

    Além do Rio Negro, o monitoramento do nível do rio Negro das calhas nas estações dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos aponta níveis atípicos, acima do esperado para a época. 

    No início de 2022, o nível de medição do Rio Negro no Porto de Manaus, até o dia 5 de janeiro, atingia a cota de 24,11 centímetros. De acordo com Jochen Schongart, não existe ainda uma estimativa da cota prevista para o ano de 2022 que o Rio Negro normalmente atinge no mês de junho em Manaus. 

    Uma parceria entre o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), além de parceiros do Reino Unido, está desenvolvendo uma primeira previsão, que deve ser divulgada em fevereiro.

    Operação Enchente 2022

    Em 28 de dezembro de 2021, o Governo do Estado do Amazonas anunciou o plano de ação para a Operação Enchente 2022, definindo as medidas do Estado. O planejamento inclui a montagem de abrigos provisórios, ajuda humanitária, instalação de estações de tratamento de água, aquisição de alimentos da agricultura familiar para distribuir à população afetada pela cheia e apoio aos produtores do setor primário que tiverem a produção prejudicada.

    O plano prevê, ainda, a concessão de Auxílio Estadual Enchente às famílias dos municípios mais afetados pela cheia. Em 2021, o auxílio, no valor de R$ 300, beneficiou 120.955 famílias de 56 municípios, totalizando mais de R$ 36 milhões em investimentos do Estado. O Auxílio Estadual Enchente possibilita a compra de alimentos e outros itens essenciais.

    Se necessário, haverá ainda liberação de crédito da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), em apoio à recuperação financeira daqueles que tiverem seu pequeno negócio ou produção afetados pela enchente este ano.

    O plano prevê, também, além da Balsa Hospital, a utilização da unidade básica fluvial de fiscalização e pesquisa do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM) para levar serviços de saúde e cidadania para municípios atingidos pela cheia dos rios. 

    A estimativa é auxiliar aproximadamente 130 mil famílias nos 62 municípios amazonenses que, possivelmente, enfrentarão os prejuízos causados pela subida dos rios da região.

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