O Prefeito de Manaus, David Almeida, realizou uma fiscalização nesta quinta-feira, 2 de maio, nas operações da ecobarreira instalada no igarapé dos Franceses, próximo à avenida do Samba, na zona Centro-Oeste da capital amazonense. Durante a visita, Almeida ressaltou a importância das ações de coleta de resíduos sólidos nas ecobarreiras, visando evitar a chegada de lixo ao Rio Negro.
“A implementação dessas ecobarreiras nos permite conter esse lixo. A Semulsp recolhe 700 toneladas de lixo do Rio Negro mensalmente, e precisamos interromper esse fluxo para proteger nosso rio, que é a principal fonte de abastecimento de água para Manaus. O processo será monitorado pela Ufam e pela Uea para avaliar a qualidade da água e iniciar um processo de despoluição dos igarapés de Manaus, além de promover a conscientização ambiental por meio da educação”, afirmou Almeida.
As ecobarreiras, estruturas inovadoras adotadas pela Prefeitura de Manaus, capturam detritos flutuantes, como plásticos e garrafas, antes que possam poluir ainda mais os rios e igarapés. Essa é a segunda estrutura instalada, alinhando-se às políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança (ESG), e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Mazinho da Carbrás, ambientalista, destacou a importância das ecobarreiras: “Começamos com um protótipo no Coroado e agora temos uma versão industrializada, 100% em alumínio, que se mantém permanentemente na água. Isso é um avanço para o meio ambiente, facilitando a coleta de lixo e evitando que ele vá parar nos bueiros”.
Novas Estruturas em Desenvolvimento
Continuando as ações de limpeza nos igarapés da cidade, a Prefeitura de Manaus, por meio da Semulsp, está trabalhando na instalação de uma nova ecobarreira no igarapé do Passarinho, zona Norte. O trecho está passando por limpeza profunda e desassoreamento manual para a implantação das ecobarreiras.
“O problema do lixo nos igarapés era uma dor de cabeça para todos responsáveis pela cidade. Essa iniciativa é a melhor que conhecemos para salvar nossos rios. O que as ecobarreiras impedirem aqui ou em outros locais não chegará mais ao Rio Negro, antecipando a coleta de 500 a 700 toneladas de lixo que fazemos mensalmente”, explicou Sabá Reis, titular da Semulsp.
Outros locais da cidade, como o Igarapé do Goiabinha, no bairro Novo Aleixo, zona Norte, e o Igarapé do 40, zona Sul, também estão previstos para receber a nova tecnologia, com base em mapeamento georreferenciado das áreas com maior incidência de descarte incorreto de lixo nos igarapés da cidade.