O presidente da Federação de Futebol da Espanha, Luis Rubiales, expressou, nesta segunda-feira (22), apoio ao atacante brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid (Espanha), que foi vítima de atos racistas durante jogo do Campeonato Espanhol no último domingo (21).
“Vinicius Júnior e qualquer jogador de futebol, mulher ou homem, que sofra um insulto, qualquer ato violento, tem meu apoio e de toda a Federação Espanhola, pois estamos aqui para ajudar e pedir que nos ajudem a melhorar”, declarou o dirigente em entrevista coletiva.
🗣️ Declaração institucional de Luis Rubiales em resposta aos acontecimentos em Mestalla
🔴 O presidente da @rfef reforçou o compromisso da organização em condenar qualquer insulto baseado em orientação sexual, cor da pele ou credo.
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— Futebol espanhol (@SpainIsFootball) 22 de maio de 2023
“Temos um problema de comportamento, de educação, do racismo. Enquanto houver um único [agressor] indesejável, ou um grupo de espera que insulta por condição sexual, cor de pele ou credo, temos um problema sério”, afirmou Rubiales, que complementou, “este problema exige uma resposta firme da Federação e de todos os agentes”.
Agressões racistas no Mestalla
Vinicius Júnior foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde do último domingo. Durante a derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.
O lance que deu origem ao episódio aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Júnior tentou jogar pela esquerda quando uma segunda bola, que havia sido arremessada no gramado instantes antes, foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposta para interromper o lance. Naquele momento Vini se dirigiu para parte da torcida valencianista que estava localizado atrás do gol do time local e ajudou para torcedores que o insultavam sinalizavam-o de macaco.
O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o confronto só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar, e o jogo prosseguiu após cerca de oito minutos de pausa, com a polícia aparecendo ao local das ofensas.
Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser conteúdo pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso.