Nesta terça-feira, 29 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou a intenção de estabelecer um novo ministério voltado para questões relacionadas às pequenas e médias empresas, em uma iniciativa que visa a atender aos anseios dos aspirantes a empreendedores do país. A nova pasta, que marcará a 38ª adição ao governo federal, tem como objetivo central fomentar a geração de empregos e incentivar o setor empresarial.
A ambição declarada por Lula é impressionante: almeja-se a criação de mais de 2 milhões de empregos formais até o encerramento deste ano. No período do primeiro semestre, o país já registrou um saldo positivo de 1.023.540 novas posições de trabalho.
Em seu comunicado durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido pelo Canal Gov, o líder ressaltou a diversidade das aspirações empreendedoras, observando que muitos indivíduos preferem explorar caminhos independentes, optando por empreendimentos individuais ou cooperativas. Dessa maneira, a criação do novo ministério se justifica como uma maneira de fornecer um suporte específico a esses grupos, conectando-os a oportunidades e crédito.
Lula reforçou o papel do Estado na criação das circunstâncias ideais para a participação ativa dos cidadãos na economia. Acentuou ainda que, em termos de geração de empregos formais, pequenas e médias empresas representam uma parcela substancial, contribuindo entre 60% e 70% do total.
Durante o ciclo eleitoral de 2022, o presidente Lula havia proposto a formação desse ministério. No entanto, ao finalizar o desenho da sua estrutura ministerial, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo foi incorporada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Esta medida agora se insere em uma ampla reforma ministerial em andamento, que também tem a intenção de fortalecer as conexões do governo com o Congresso Nacional. O novo ministério servirá como espaço para integrar um dos novos ministros a serem anunciados em breve por Lula, buscando uma maior aproximação do Partido Progressista (PP) e dos Republicanos à base parlamentar do governo. Nomes em consideração para liderar a pasta incluem os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE). Combinados, esses partidos detêm um total de 90 cadeiras na Câmara dos Deputados, o que pode proporcionar maior estabilidade nas votações das matérias governamentais no Congresso.
A proposta do novo ministério representa, portanto, uma resposta direta às necessidades e aspirações das pequenas e médias empresas, além de apresentar uma estratégia para impulsionar a economia e promover a geração de empregos formais no Brasil. A abordagem inovadora e focada de Lula visa a construir uma plataforma robusta para o crescimento sustentável e inclusivo do setor empresarial do país.