Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (12), o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, conversou sobre uma gestão compartilhada dos aeroportos Santos Dumont (doméstico) e Galeão (internacional). A administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, estado e prefeitura do Rio.
Segundo nota divulgada pelo governo do estado, a proposta teria partido do ministro da Casa Civil, Rui Costa. “O presidente gostou muito da ideia de uma gestão compartilhada para que, assim, a gente possa encontrar uma solução definitiva. Ainda será visto qual modelo de negócio será feito para se realizar essa gestão com responsabilidade”, disse Castro, por meio de nota.
A situação dos dois aeroportos tem sido tolerada há alguns meses. Governo do Rio e prefeitura criticaram o fato de que o Aeroporto Santos Dumont – administrado pela União através da Infraero – aumentou muito o número de voos.
Isso provocou um esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, administrado pela motorista Changi, de Cingapura.
Estado e prefeitura pedem remanejamento de voos do Santos Dumont para o Galeão, já que, com menos ligações domésticas passando pelo Galeão, o aeroporto internacional não tem apenas seu tráfego de passageiros diminuído como também tem reduzido sua capacidade de funcionar como um eixo (ponto de conexão aérea) para voos internacionais.
A situação da concessão do aeroporto Tom Jobim/Galeão está sendo avaliada pelo governo federal.
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O governador também aprovou uma reunião com o presidente para tratar da situação dos campos de petróleo de Tupi e Cernambi, na Bacia de Santos. O Rio defende a unitização dos dois campos (quando se reconhece que o reservatório que abastece os dois campos é o mesmo), o que beneficia o estado.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entende que os dois campos são um só, enquanto a Petrobras defende que sejam reconhecidos como dois campos separados.
Na disputa, segundo o governo do Rio, haveria R$ 4 bilhões em depósitos feitos pela Petrobras, os quais o estado gostaria de receber.
“Em outras épocas da história o governo federal já havia liberado esse recurso e eu pedi que novamente fosse liberado. O presidente falou que vai avaliar se há condição de fazer essa liberação e preparada de boa vontade”, disse Castro, em nota divulgada pelo governo do estado.
O governador também recebeu a estadualização do Hospital Federal da Lagoa, a fim de que possa transformá-lo em um grande centro de tratamento oncológico para desafogar o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Categoria Economia