
Para polícia, o sumiço do garoto está relacionado a uma denúncia feita contra um vizinho, que foi preso em 16 de março, suspeito de ter abusado sexualmente de Samuel desde quando ele era criança. Samuel Monteiro da Silva, de 17 anos, está desaparecido desde dezembro, em Manaus.
Divulgação/Polícia Civil
O adolescente Samuel Monteiro da Silva, de 17 anos, que denunciou ter sido vítima de um abuso sexual por parte de um vizinho, segue desaparecido em Manaus. O g1 confirmou a informação com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), na manhã desta sexta-feira (31).
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Segundo a Polícia Civil, Samuel foi visto pela última vez no dia 23 dezembro de 2022, após sair de casa, no bairro Novo Aleixo, Zona Norte de Manaus.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), as investigações em torno do desaparecimento seguem em andamento. “As equipes de investigação continuam em diligências, a fim de entender as circunstâncias do desaparecimento, a fim de localizá-lo”, disse a Polícia Civil, em nota.
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Rede Amazônica
Para a polícia, o sumiço do garoto está relacionado a uma denúncia feita contra um vizinho, que foi preso em 16 de março, suspeito de ter abusado sexualmente de Samuel desde quando ele era criança.
No dia da prisão do suspeito, a avó de Samuel informou à Rede Amazônica que um inquérito policial foi aberto em 2019, mas o homem passou a responder o crime em liberdade. A próxima audiência seria no dia 6 de fevereiro deste ano. No entanto, segundo a avó, o vizinho queria fazer um acordo com Samuel, para que ele mentisse sobre tudo que aconteceu.
A avó contou, ainda, que no dia 23 de dezembro de 2022, Samuel saiu para procurar trabalho e não voltou mais para a casa da família. Após três meses, o adolescente segue desaparecido.
Entenda o caso
A avó de Samuel contou à Rede Amazônica que os abusos teriam começado quando o neto tinha 9 anos de idade.
A vítima foi convidada para trabalhar limpando piscinas com o suspeito. O menino ganhava dinheiro para, supostamente, ajudar o homem. Na época, a família ainda não desconfiava da exploração sexual.
Ainda segundo a avó, aos 13 anos, Samuel contou sobre os abusos que sofria para uma professora na escola. A educadora repassou os relatos aos responsáveis.
”Ela disse que Samuel tinha sido aliciado pelo tio dele. Aí me chamaram numa outra sala e disseram que ele estava lá. Perguntaram qual era o tio e ele falou quem era. Aí foi que eu falei que não era nada de tio. Era simplesmente o vizinho que ele estava trabalhando com ele”, contou a avó.
Após descobrirem o caso, os familiares e a vítima foram até a Depca para denunciarem o homem. Um inquérito policial foi aberto em 2019.
De acordo com a avó, depois dos abusos, Samuel se tornou dependente químico e foi internado diversas vezes. Uma das internações teria sido paga pelo suspeito.
Um comprovante de pagamento, segundo a polícia, mostra o valor transferido para o dono de uma das clínicas em que Samuel ficou no interior do Amazonas. A data do documento é de 24 de outubro de 2022 e o nome do suspeito aparece no comprovante.
Ainda segundo a avó, Samuel procurava emprego e estava novamente em contato com o suspeito. Ele saiu para procurar trabalho antes do natal e não voltou mais.
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