Um artigo publicado esta semana no periódico científico Astrophysical Journal Letters descreve mais uma incrível descoberta do Telescópio Espacial James Webb (JWST). O equipamento fotografou sete galáxias que compõem um aglomerado massivo nos estágios iniciais de sua evolução.
Na imagem, as galáxias são vistas como eram apenas 650 milhões de anos após o Big Bang, o que significa que constituem o mais jovem chamado “protoaglomerado” já observado.
No decorrer de milhões de anos, esse protoaglomerado acabará ganhando massa e tamanho ao incorporar galáxias, se assemelhando ao Aglomerado de Coma, descrito pela NASA como um “monstro do Universo moderno”.
Sendo assim, a observação dessas sete galáxias poderia ajudar os cientistas a entender melhor como o cosmos evoluiu ao longo de 13,8 bilhões de anos de existência até assumir a forma que vemos atualmente.
Medições precisas capturadas pelo Espectrógrafo de Infravermelho Próximo (NIRSpec) do Webb mostraram que as galáxias estão se movendo através de um halo de matéria escura a mais de 3,2 milhões de km/h, cerca de mil vezes mais rápido que uma bala disparada por um rifle.
Com os dados do NIRSpec, a equipe modelou como o grupo de galáxias se desenvolveu ao longo do tempo e pôde projetar como esse aglomerado deveria ser no Universo moderno, prevendo sua semelhança com o Aglomerado de Coma.
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Conforme destaaa o site Space.com, até o lançamento do JWST, em dezembro de 2021, os astrônomos tinham dificuldade em compreender de que forma aglomerados galácticos como o Aglomerado de Coma se uniram no Universo jovem.
Com a expansão do Universo, os comprimentos de onda da luz desses aglomerados “esticam” enquanto viajam por bilhões de anos para chegar à Terra. Esse alongamento, ou “desvio para o vermelho”, faz com que a luz se mova para baixo em direção à “extremidade vermelha” do espectro eletromagnético.
A luz que vem das primeiras galáxias que existiram logo após o Big Bang e se juntaram para dar origem aos primeiros aglomerados galácticos foi estendida para a porção infravermelha do espectro.
Como o telescópio espacial mais poderoso já inventado, o JWST foi projetado especificamente para ver o Universo no infravermelho – o que significa que os astrônomos podem finalmente começar a explorar as peças que faltam do quebra-cabeça da evolução galáctica.
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