Hiperfoco é um estado de concentração intensa em que uma pessoa se encontra completamente envolvida em uma tarefa, de modo que passa a ignorar ou não perceber o que acontece ao seu redor.

O estado de hiperfoco é mais frequente durante atividades que são prazerosas e/ou interessantes e, embora normalmente não seja considerado um problema, pode ser prejudicial quando a pessoa deixa de cumprir suas obrigações escolares ou do trabalho, por exemplo.

Em caso de hiperfoco, é recomendado consultar um neurologista ou psiquiatra se surgirem sintomas como queda do rendimento escolar ou no trabalho, isolamento social e desatenção, porque pode ser um sinal de problemas como autismo, TDAH e esquizofrenia.

Principais características

As principais características do hiperfoco são:

  • Manter concentração intensa em uma tarefa específica;
  • Deixar de perceber os estímulos do ambientecomo barulhos, conversas e movimento;
  • Perder a noção do tempo durante uma atividadepodendo passar horas fazendo a mesma coisa;
  • Aumento do desempenho enquanto concentrado na atividade;
  • Motivação intensa para continuar a atividadeseja porque é interessante ou divertido.

O hiperfoco tende a acontecer durante atividades que são encaradas como oportunidades ou desafios, têm objetivos curtos e em que o seu progresso pode ser analisado, normalmente sendo prazerosas e/ou interessantes.

No entanto, estas atividades variam de acordo com o interesse de cada pessoa, podendo incluir jogar um jogo de videogame, assistir a um programa de TV interessante, ler sobre um assunto específico ou escrever sobre um tema de interesse, por exemplo.

Hiperfoco sem TDAH

O hiperfoco é comum em pessoas com TDAH, que pode fazer com que a pessoa não perceba estímulos externos devido ao déficit de atenção, especialmente durante atividades de interesse.

Além disso, pessoas com TDAH normalmente têm dificuldade em alternar entre tarefas, o que pode favorecer o estado de hiperfoco. Entenda melhor o que é TDAH e os sintomas.

hiperfoco no autismo

O hiperfoco no autismo está relacionado ao interesse excessivo por objetos e assuntos específicos, por exemplo, e algumas vezes pode ser notado pela dificuldade para alternar a atenção e se desprender de detalhes, que são sintomas comuns do transtorno do espectro autista (TEA). Veja os sintomas do autismo.

Como saber se tem hiperfoco

O hiperfoco normalmente é identificado por suas características e o neurologista ou psiquiatra são os médicos mais indicados para verificar se realmente se trata de um hiperfoco.

Caso deseje marcar uma consulta, é possível encontrar o neurologista mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo:

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Embora não existam critérios específicos ou exames para confirmar que uma pessoa apresenta hiperfoco, o médico algumas vezes pode indicar a realização de testes que avaliam atenção e aplicam instruções para avaliar os sintomas mais detalhadamente.

Ter hiperfoco pode ser normal?

Ter hiperfoco pode ser normal em alguns momentos, principalmente quando se está cumprindo uma tarefa interessante e/ou prazerosa. No entanto, é mais comum quando a atenção é experimentada por problemas como TDAH, autismo ou esquizofrenia.

Em caso de suspeita de hiperfoco, especialmente se existirem outros sintomas, como dificuldade escolar ou no trabalho, impulsividade, dificuldades para interagir com outras pessoas, é recomendado consultar um neurologista.

No entanto, principalmente em caso de sintomas como alucinações, agressividade e afastamento de amigos e familiares, é recomendado consultar um psiquiatra para uma avaliação.

Possíveis causas

Acredita-se que o hiperfoco seja causado por níveis anormais de dopamina no cérebro, que é uma substância que envelheceu aumentando a motivação e provocando a sensação de prazer.

Embora o hiperfoco algumas vezes possa surgir em pessoas saudáveis, é mais comum em caso de problemas como TDAH, transtorno do espectro autista e esquizofrenia, por exemplo.

O que fazer

O hiperfoco não é considerado um problema, desde que não prejudique o aprendizado, desempenho na escola e/ou trabalho, realização das tarefas temporárias ou convívio com outras pessoas, por exemplo.

Especialmente em caso de problemas como TDAH, autismo ou esquizofrenia, é importante fazer o tratamento, que pode envolver medicamentos como psicoestimulantes e antipsicóticos, de acordo com a orientação do médico para controlar os sintomas.

Além disso, o acompanhamento com o psicólogo algumas vezes pode ser indicado para ajudar a identificar quando o hiperfoco está sendo prejudicial e desenvolver estratégias para se concentrar em tarefas que realmente sejam importantes, como no trabalho e estudos.




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