O hipertireoidismo subclínico é uma alteração na tireoide em que a pessoa não apresenta sinais ou sintomas de hipertireoidismo, porém possui alterações nos exames que avaliam a função da tireoide, devendo ser investigado e verificado a necessidade de tratamento.

Assim, como não leva ao aparecimento de sintomas, a identificação da alteração só é possível a partir da verificação dos níveis de TSH, T3 e T4 no sangue, que são hormônios relacionados à tireoide. É importante que o hipertireoidismo subclínico seja identificado, pois mesmo que não existam sinais ou sintomas, essa situação pode favorecer o desenvolvimento de doenças cardíacas e ósseas.

Principais causas

O hipertireoidismo subclínico pode ser classificado de acordo com a causa em:

  • Endógenoque está relacionado com a produção e reforço de hormônios pela glândula, que é o que acontece quando a pessoa faz uso inadequado de remédios para a tireoide, como a levotiroxina, por exemplo;
  • Exógenoem que as alterações não estão diretamente com a glândula tireoide, como no caso do bócio, da tireoidite, do adenoma tóxico e da doença de Graves, que é uma doença autoimune em que as células do sistema imunológico atacam a própria tireoide, levando à desregulação na produção de hormônios.

O hipertireoidismo subclínico normalmente não leva ao aparecimento de sinais ou sintomas, sendo identificado apenas a partir das realizações de exames de sangue que avaliam a função da tireoide. Assim, a realização de exames é importante para que seja identificada a causa e avaliada a necessidade de iniciar o tratamento adequado.

Apesar de não levar ao aparecimento de sinais e sintomas, o hipertireoidismo subclínico pode aumentar o risco de alterações cardiovasculares, osteoporose e osteopenia, principalmente em mulheres na menopausa ou pessoas acima dos 60 anos. Por isso, é importante que seja diagnosticado. Veja como identificar o hipertireoidismo.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do hipertireoidismo subclínico é feito principalmente através da realização de exames que avaliam a tireoide, principalmente a dosagem no sangue de TSH, T3 e T4 e de mecanismos antitireoidianos, em que nesse caso os níveis de T3 e T4 estão normais e o nível de TSH está abaixo do valor de referência, que para pessoas acima de 18 anos é entre 0,3 e 4,0 μUI/mL, podendo variar entre os laboratórios. Saiba mais sobre o exame de TSH.

Assim, de acordo com os valores de TSH, o hipertireoidismo subclínico pode ser classificado em:

  • moderadoem que os níveis de TSH no sangue estão entre 0,1 e 0,3 μUI/mL;
  • Severoem que os níveis de TSH no sangue estão abaixo de 0,1 μUI/mL.

Além disso, é importante que sejam feitos outros exames para confirmar o diagnóstico de hipertireoidismo subclínico, identificar a causa e avaliar a necessidade de tratamento. Para isso é normalmente realizada a ultrassonografia e cintilografia de tireoide.

É importante também que as pessoas que tiveram o diagnóstico de hipertireoidismo subclínico sejam acompanhadas regularmente para que seja feita a avaliação dos níveis dos hormônios ao longo do tempo e, assim, possa ser identificado se houve evolução para hipertireoidismo, por exemplo.

Tratamento para hipertireoidismo subclínico

O tratamento para hipertireoidismo subclínico é definido pelo clínico geral ou endocrinologista a partir da avaliação do estado geral de saúde da pessoa, presença de sintomas ou fatores de risco, como idade igual ou superior a 60 anos, osteoporose ou menopausa, além de ser também levado em consideração a evolução dos níveis de TSH, T3 e T4 nos últimos 3 meses.

Em alguns casos não é necessário iniciar o tratamento, pois podem ser apenas alterações transitórias, ou seja, devido a algumas situações vividas pela pessoa houve alterações na concentração das enzimas circulantes no sangue, mas que em seguida voltaram ao normal.

No entanto, em outras situações, é possível que os níveis hormonais não retornem ao normal, pelo contrário, os níveis de TSH podem ficar cada vez mais baixos e de T3 e T4 mais altos, caracterizando o hipertireoidismo, sendo necessário iniciar o tratamento adequado, que pode ser através do uso de remédios que regulam a produção de hormônios, tratamento com iodo radioativo ou cirurgia. Entenda como é feito o tratamento para hipertireoidismo.


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