Apresentação, que ocorre nesta quinta-feira (4), faz parte da programação do 25º Festival Amazonas de Ópera. Entrada gratuita Maestro Marcelo de Jesus e a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) Michael Dantas/Secretaria de Cultura A Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) apresenta o concerto “A morte”, no Teatro Amazonas, nesta quinta-feira (4). A apresentação, que ocorre às 20h, faz parte da programação do 25º Festival Amazonas de Ópera. A entrada é gratuita. O concerto traz várias leituras sobre o tema que sempre esteve presente em criações artísticas. Conforme o diretor musical, Marcelo de Jesus, “um tema amargo, mas inevitável”. “A morte surge de várias formas, ideias, resultados. Uma delas é o amor, que permeia a maioria das canções deste concerto”, completou o diretor, que também assume a regência da noite. O recital, de formato introdutório, tem a participação de dois solistas brasileiros, a soprano Daniella Carvalho e o barítono Homero Velho. Maestro Marcelo de Jesus Michael Dantas/Secretaria de Cultura O concerto O concerto é apresentado em duas partes. A primeira traz como obras “Canções e danças de morte”, de Modest Mussorgsky e “Romances OP. 73”, de Tchaikovsky. Originalmente escritas para canto e piano, as obras foram transcritas exclusivamente para o festival por Marcelo de Jesus. “O ciclo de Canções e Danças da Morte é considerado uma obra-prima no gênero. Cada música lida com a morte de maneira poética, embora as representações sejam realistas, pois refletem experiências não incomuns na Rússia do século XIX: morte infantil, morte na juventude, desventura bêbada e guerra”, destacou o regente. Sobre a obra de Tchaikovsky, Marcelo faz suas considerações e adiantou que o romance “Novamente, como antes, sozinho” é uma das canções mais tristes e profundas de toda a literatura musical. Na segunda parte, a OCA executa a 14ª Sinfonia de Shostakovich, uma obra singular que pode ser lida como um ciclo de canções sobre a morte. A obra contém 11 movimentos, cada um referente a um poeta: Lorca, Apollinaire, Küchelbecker e Rilke. A escolha não foi aleatória, todos os poetas morreram de forma não natural, causada por assassinato, opressão e guerra. Durante a execução da sinfonia, haverá projeção de arte digital criada pelo artista plástico amazonense, ManausMacaco, que encontrou inspiração nos textos, misturando a estética de elementos dos séculos 19 a 21. “Morte e amor são transformadores. Quando ouvi a sinfonia pela primeira vez, meu primeiro sentimento foi do amor, mesmo se tratando da morte não natural; o amor do artista pela arte, sem ele, esta sinfonia não existiria”, afirmou ManausMacaco. Vídeos mais assistidos do Amazonas