A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) deu continuidade à sua iniciativa de monitoramento dos parâmetros físico-químicos da qualidade da água na zona urbana de Manaus nesta terça-feira (26/09). Nesta etapa, foram coletadas amostras hídricas em seis pontos estratégicos dos igarapés da capital.
Esta análise integra o Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua), uma parceria entre a Sema e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Seu objetivo é padronizar a avaliação das águas superficiais em todo o território nacional, contribuindo para uma gestão mais eficaz dos recursos hídricos através da disseminação de dados precisos.
O secretário da Sema, Eduardo Taveira, destaca a importância do projeto: “O Qualiágua é um dos principais projetos iniciados pela gestão do governador Wilson Lima. É um monitoramento contínuo que visa criar um banco de dados para guiar as decisões do poder público, proporcionando maior transparência às informações”.
Ao longo do ano, são realizadas diversas coletas, tanto semestrais quanto trimestrais, abrangendo os períodos de seca e cheia. Atualmente, a Sema está finalizando a análise semestral em 76 pontos distintos. A previsão é que a campanha seja concluída até quinta-feira (28/09). Já em novembro, a secretaria dará início à última análise trimestral do ano.
Metodologia de Coleta de Dados
A coleta de dados ocorre em duas etapas: a primeira envolve o uso de uma sonda multiparâmetro por técnicos da Sema para medir diversos parâmetros como oxigênio dissolvido, saturação, pH, condutividade elétrica, turbidez e temperatura do ar e da água. A segunda etapa, em colaboração com a Escola Superior de Tecnologia da UEA, consiste na coleta de amostras enviadas à universidade para análise química de parâmetros como sólidos totais em suspensão, sólidos totais dissolvidos, alcalinidade total e cloreto total.
Os parâmetros variam durante as estações de cheia e seca, justificando as coletas em ambos os períodos. Matheus de Paula, técnico analista da Assessoria de Recursos Hídricos da Sema, explica: “Na cheia, há maior aporte de água, então alguns elementos ficam diluídos na água, o que nos faz encontrar em menor quantidade certos tipos de resultados, como sólidos totais dissolvidos, pH. Já na época da seca, com o menor volume, esses compostos de efluentes estão mais concentrados e em maior quantidade nos corpos hídricos analisados. Fazemos, então, o comparativo entre a cheia e a seca no final da coleta”.
Meta Ambiciosa do Qualiágua
O Qualiágua tem como meta realizar análises em 144 pontos em todo o estado do Amazonas até o final de 2025. Todas as informações compiladas são enviadas à ANA para contribuir com a implementação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas (RNQA).
Conforme o estado atinge as metas de monitoramento e padroniza os critérios e métodos de análise em apoio à Rede Nacional, o programa disponibiliza recursos para que a Secretaria continue investindo na gestão de recursos hídricos do Amazonas. Por meio desta iniciativa, o Amazonas pode assegurar até R$1,078 milhão até 2025. Até junho deste ano, já foram garantidos R$188.118,58.