Uma pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos EUA, descobriu que receber a vacina contra a Covid-19 ao meio-dia pode ser mais eficaz na prevenção da infecção do que quando tomada em outros horários.
Como assim? Entenda bem rápido:
- Os pesquisadores acreditam que o ritmo circadiano — ciclo no qual o organismo realiza suas funções biológicas ao longo de um dia — pode afetar a resposta do corpo à vacina;
- A diferença foi percebida principalmente em crianças e adolescentes, bem como em adultos com mais de 50 anos;
- A eficácia da vacina melhorou de 8,6% para 25% quando administrada por volta do meio do dia, em comparação com a aplicada à noite;
- Mais estudos serão feitos para entender o processo também com outras vacinas.
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Nossos dados são específicos para a vacinação contra a Covid-19, mas existem alguns pequenos estudos que também sugerem que a vacinação contra influenza pode ser mais eficaz no início do dia. Como essas tendências acompanham um fenômeno biológico básico, é possível que esse padrão reflita vacinas em geral. Mas precisamos de mais pesquisas para confirmar isso.
Jeffrey A. Haspel, MD, Ph.D., professor de medicina na Divisão de Medicina Pulmonar e autor sênior da pesquisa.
O estudo, publicado no The Journal of Clinical Investigation, incluiu dados de mais de 1,5 milhão de pessoas com mais de 12 anos. Quase todos receberam a vacina de mRNA da Pfizer. Para fins de análise, considerou-se manhã o período das 8h às 12h; a tarde era do meio-dia às 16h; e a noite era das 16h às 19h.
Também foi observado que idosos e imunossuprimidos que receberam sua quarta dose da vacina (o reforço) depois das 16h ficaram entre os que mais precisaram de internação.
Em centenas de milhões de pessoas, um benefício do tamanho que estimamos pode ter um impacto enorme. Com base em nosso grande conjunto de dados, para crianças e adultos mais velhos em particular, não custa nada tentar vaciná-los no final da manhã e início da tarde.
Em suma, o estudo estimou que mover de 18 a 55 pessoas do período de vacinação menos favorável (16h às 19h) para o horário mais favorável (10h às 14h) poderia prevenir uma infecção pós-vacinação.
Apesar, no entanto, da relação do processo de imunização com o relógio biológico, “o estudo observacional não pode demonstrar se algum desses ritmos específicos do sistema imunológico é responsável pelo ciclo que vemos na eficácia da vacina. Mas estamos muito interessados em investigar mais essas questões”.
Com informações do Medical Xpress
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